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Rádios de 2.4GHz, anjos ou demônios?

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Mensagem por cineas 1 Ter 29 Jan - 20:06:52

Radiocontroles


Rádios de 2.4GHz, anjos ou demônios?



Mais do nunca os aeromodelistas brasileiros estão, atualmente, se fazendo esta pergunta:
Vale a pena ter um rádio de 2.4GHz ou é melhor ficar, ou mesmo voltar ao sistema PPM/PCM na faixa de 72MHz?
Muito já se disse, está se dizendo e, ainda vai se dizer a esse respeito, entretanto, não existe uma só pista ou local de vôo no qual esta discussão não esteja presente.
Talvez a comparação seja exagerada, mas os aeromodelistas em relação aos rádios, estão feito “baratas tontas” sem saber em qual direção devem ir.
Nessa confusão, muitas vezes alimentada por “sábios de plantão”, presentes nas pistas, que usam a sua experiência ruim com um determinado rádio, como referencia para embasar suas opiniões. Isso seria até desejável se os fracassos e as conseqüentes lenhas de modelo, não tenham tido como causa a instalação incorreta do equipamento, e a não observância das recomendações contidas nos manuais.
É comum esses colegas " baixarem o pau" numa determinada marca de RC deixando apavorados todos aqueles que usam rádios da mesma marca.
Antes de sair dizendo que o sistema de 2.4 GHz não presta, é preciso lembrar que os maiores fabricantes de RC no mundo, a despeito de algumas “molecagens” como laçarem rádios no mercado sem que estes estejam devidamente testados, os quais mais tarde vão precisar de “recalls”, ou mesmo apresentar problemas insolúveis de firmware, os rádios que operam na faixa de 2.4GHz são plenamente confiáveis. A prova disso é que atualmente se sabe que esta mesma tecnologia é largamente empregada nos campos de combate por militares de vários países.
Basta também visitarmos blogs e forums de modelismo na Europa e nos EUA para constatar que não se vê mais ninguém utilizando a velha freqüência de 72MHz, é tudo 2.4GHZ.
Seja em pequenos modelos elétricos indoor ou aviões gigantes caríssimos, os rádios usados são todos de 2.4GHz.
Será que todos os modelistas residentes no primeiro mundo estão errados e só nós os brasileiros estamos certos quando ficam temerosos de usar o sistema?
Ou será que a causa está na disciplina deles e na nossa indisciplina ?
Vejamos então o que ocorre aqui no Brasil.
Qualquer um que acompanhe os eventos que ocorrem seguidamente no país, poderá observar pelas fotos que A MAIORIA DOS PILOTOS e mesmo aqueles que são referência nacional seja na construção ou na pilotagem dos modelos, ESTÃO COM A ANTENA DO RÁDIO NA POSIÇÃO ERRADA!
Isso, além de ser uma ignorância técnica, demonstra outra constatação preocupante: As equipes que atuam junto a esses pilotos e até mesmo alguns patrocinadores representantes das maiores marcas de RC, ou não lêem seus próprios manuais, ou não ensinam aos pilotos como usar o rádio!
Se a antena do rádio que fica na mão do piloto, bem visível, não está posicionada corretamente, como estará a antena do receptor no interior do avião?
Voar com a antena de um rádio de 2.4GHz fora da posição recomendada ( na vertical em relação a frente do rádio ), é semelhante a voar com um rádio de 72MHZ só com a metade da antena esticada. Ou ainda cortar a metade do fio da antena do receptor.
Até é possível conseguir voar nessas condições, mas fatalmente em algum momento durante o vôo o avião vai perder o sinal do rádio ocasionando as famosas “falhas de sinal”, cujo resultado pode ser a ausência de controle por breves instantes ou uma lenha total do modelo.
Como então debitar as falhas dos rádios de 2,4GHz aos fabricantes ou ao projeto do sistema se sequer sabemos usá-lo corretamente?
É importante deixar claro que independente de marca, os rádios de 2.4GHz tem apresentado problemas técnicos sim, e não são poucos, pricipalmente se os compararmos com os rádios de 72MHz, mas seguramente grande parte dos problemas é devido ao mau uso e não a falhas do circuito.
Abaixo estão algumas fotos de eventos aqui do RS onde os pilotos estão com a antena do rádio na posição errada.
Com a antena posicionada dessa forma, poderá ocorrer perda de controle do avião, principalmente, quando este estiver nas cabeceiras da pista, porque com a antena "deitada" ela estará "apontando" para o avião que nesse momento estará recebendo o menor nível de potência emitida pelo rádio. Veja no desenho abaixo como se dá a irradiação da antena do rádio. Vale tanto para os rádios de 2.4GHz como os de 72MHz.
O sinal máximo ocorrerá apenas quando o avião estiver passando em frente ao piloto.







Fica o alerta aos amigos que estão nas fotos.

Mano
















Chegou a vez do Aurora 9




Quando foi lançado no mercado o Aurora 9 vinha com a promessa de ser um rádio completo, sofisticado e mais barato que os seus concorrentes.
Isso realmente vinha acontecendo até que aeromodelistas que voavam aviões a gasolina começaram a perder o controle dos modelos inexplicavelmente
e, a única coisa em comum entre todos eles era o rádio utilizado, o Aurora 9.
Não foi muito dificil fazer a associação entre as quedas dos aviões à gasolina e o Aurora 9.
Então, usuários americanos e europeus que utilizavam o rádio iniciaram uma pressão através dos forums e mesmo em contatos diretos junto à Hitec RCD USA.
Num primeiro momento a fabrica atribuiu os "lockouts" - travamentos e perda de sinal nos rádios ao "optical kill" - sistema de corte do motor - o qual estaria gerando algum tipo de interferência nos receptores de bordo, já que no sistema usado pela Hitec o receptor na verdade é um "transceptor" , ele não só recebe o sinal do rádio mas também transmite dados de telemetria para o radio.
Entretando essa possibilidade foi logo descartada conforme pode ser visto no Boletim de Serviço da Hitec - http://www.hitecrcd.com/support/service-bulletins/index.html - e atribuida agora à geração de RF ( radiofrequencia ) produzida pela ignição dos motores à gasolina.
A fabrica então recomendou que fosse feita uma atualização no firmware dos receptores Optima 7 e Optima 9 para a versão 2.01 garantindo que esse procedimento eliminaria o problema.
Bem o resultado disso tudo não poderia ter sido outro: Todos os aermodelistas que voam ou pretendem voar aviões à gasolina e que usam o Aurora 9 ou tem rádios de outras marcas com os módulos Spectra 2.4GHz da Hitec e receptore Optima 7 ou 9 canais, estão preocupados.
Como se não bastasse a desconfiança no rádio, existem relatos de pessoas que fizeram a atualização do firmware e os rádios apresentaram problemas
na funcionabilidade de alguns canais, como por exemplo ailerons inoperantes.
Na verdade, ninguém quer "pagar pra ver", ou seja, voltar a voar modelos à gasolina depois de ter feito a atualização do firmware.
Outros que tiveram aviões à gasolina lenhados e usavam o Aurora 9, não quiseram mais arriscar abandonando o rádio e compraram radios de outras marcas.
O que se pode dizer dessa situação toda?
Pelo que tenho observado entre os meus clientes, a primeira consequência é a desconfiança no Aurora 9 e nos receptores Optima 7 e Optima9. Muitos inclusive estão comparando esta situação com aquela acontecida nos rádios Spektrum a algum tempo atrás que manchou irremediavelmente o nome da marca.
Exageros à parte, a verdade é que depois das interferencias provocadas por erros na identidade dos rádios Futaba FASST, das perdas de sinal dos
Spektrum e dos recalls no sistema DSMX da JR/Spektrum, agora é a vez do Aurora 9 apresentar problemas.
Conforme já escrevi no artigo abaixo " Quem precisa de rádios sofisticados? " , a quantidade de tecnologia embarcada nos rádios os torna cada vez mais complexos, técnicamente falando, e quanto mais complexo um equipamento mais sujeito a falhas ele é.
Alguem já ouviu falar de recall ou falhas num Futaba 7UAP/8UAP ou num 9ZAP? Ou ainda num JR X38103 ou num 10X ?
Por incrível que pareça quem está "invicto" nesta área são os módulos de 2.4GHz chineses. Quem já viu algum recall de um Corona, Assan ou FRSky? Alguns vão dizer que os chineses nem dão bola pra isso, mas a verdade é que cada vez mais vemos aeromodelistas usando esses sistemas sem que sejam registrados problemas graves, ora isso significa CONFIABILIDADE!
Uma palavra para quem tem um Aurora 9:
Se você não tem avião à gasolina, não se preocupe. Pode continuar voando sossegado com os seus modelos glow ou elétricos, com qualquer receptor Optima de 6,7 ou 9 canais. Não é necessário nem fazer nenhuma atualização do firmware, até porque, penso eu, vale a màxima: "Em time que está ganhando não se mexe!"

Mano


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Quem precisa de rádios sofisticados?



Atualmente os fabricantes de radio controle estão lançando equipamentos cada vez mais sofisticados e com recursos que ultrapassam em muito as necessidades da maioria dos aeromodelistas.
Rádios com design sofisticado e funcionamento complexo são oferecidos aos modelistas como se fossem as soluções para se transformar num bom piloto.
Entretanto o que se vê nas pistas é pessoas que trocam seus rádios por outros novos os quais na maioria das vezes tem um numero absurdo de canais, programação altamente sofisticada que oferece uma infinidade de mixagens e o que é pior, com um manual contendo uma tradução pobre para o português.
Interessante observar também, que muitas pessoas que compram rádios sofisticados, sequer pilotam modelos onde os recursos de programação do rádio.
poderiam ser utilizados. Alguns possuem apenas aviões com quatro canais que poderiam ser pilotados com um rádio cujo valor chega a 20% de um modelo top de linha.
Também tem aqueles que pensam que por possuírem um modelo à gasolina 30% de escala precisam de um rádio "bom" para voá-lo. Esquecem que esses modelos, em geral acrobáticos, além dos quatro canais principais, no máximo precisam de um canal extra para ligar uma bomba de fumaça e outro para acionar um profundor duplo, situação que um bom rádio de sete canais satisfaz plenamente.
Rádios com telemetria, mixagens avançadas e um numero elevado de canais são equipamentos para aeromodelistas avançados que participam de competições, são escalistas, voam modelos a jato ou outros tipos de aeronaves cujo controle eficiente depende grandemente do rádio.
É preciso que se saiba que um avião grande e caro e um rádio top de linha não fazem de ninguém um bom piloto.
A pilotagem de aeromodelos assim como de qualquer veiculo full scale, é o resultado de um treinamento intenso e disciplina. Todos conhecemos colegas que voam a muitos anos e quando pousam o avião demonstram que aprenderam pouco ou nada durante todo o tempo que praticam o hobby. Muitos desses têm em suas mãos rádios excelentes.
Os fabricantes de radiocontroles, seguindo a tendência atual da industria de equipamentos eletrônicos, estão fazendo do design e da quantidade de funções agregadas num só aparelho o marketing para prover a marca e incrementar as vendas. Por isso estamos presenciando quase que semestralmente novos modelos de rádios sendo colocados no mercado conforme divulgação nos sites das marcas e nas revistas especializadas.
Outro aspecto interessante que deve ser mencionado é a questão da confiabilidade dos rádios novos e a sua manutenção.
Diferentes dos rádios produzidos na década de 90 os rádios que estão sendo lançados no mercado são feitos com circuitos ultracompactos, cuja manutenção é praticamente impossível e quando apresentam problemas não resta alternativa se não substituir a placa principal inteira ( encoder board ).
que, além de só poder ser feita pelos representantes da marca tem um custo bem significativo muitas vezes ultrapassando 30% do valor do rádio.
Essa situação é feita propositalmente pelos fabricantes. Primeiro porque a montagem das placas é toda automatizada e, via de regra feita na China, segundo porque se o conserto é inviável economicamente, o usuário é obrigado a "sucatear" o rádio e adquirir outro novo gerando lucro para o fabricante.
A confiabilidade é outro aspecto de vital importância para quem utiliza um RC uma vez que que uma falha no rádio pode trazer consequências desas-
trosas não só econômica como pessoal.
Quem é que lembra de algum fabricante ter feito recall em algum rádio antes do surgimento dos rádios de 2.4GHz ? Dificil não é?
Isso ocorreu por três motivos principais:
1- Os rádios apesar de usarem microcontroladores e memórias, os circuitos eram mais simples e tinham um Firmaware sólido e bem feito;
2- Os modelos novos eram bem testados pelos fabricantes que não tinham pressa de lançá-los no mercado, uma vez que não havia a demanda/concorrência existente hoje;
3 -Não eram feitos na China.
Paradoxalmente, nem tudo que é feito na China é ruim. Eu já escrevi bastante sobre isso. Até porque o último lançamento da Futaba, o 18MZ usa
em seu circuito processadores idênticos aos usados pela Corona e FRSky. Veja no final desse artigo.
O que acontece é que quanto mais o firmware ( softawere ) do rádio fica maior e mais complexo, maiores são as possibilidades de ocorrerem "bugs"
( erros ). Quem conhece um pouco de programação de computadores sabe do que eu estou falando. Isso fica potencializado quando os programadores são
"apressados" pelo fabricante que deseja lançar logo o produto no mercado.
O resultado disso todo mundo conhece. Os problemas começaram e há quem diga que ainda não termiram nos rádios Spektrum, depois foram os Futaba FASST e finalmente a Hitec, que até então estava " virgem" de problemas, esta chamando os usuários do Aurora 9 e dos receptores Optima 7 e 9
para que façam a atualização do Firmware.
Considerando tudo isso, convém pensar bem antes de comprar um rádio novo verificando qual é o rádio que melhor satisfaz as suas necessidades
levando em conta os modelos de avião que você voa, o tipo de vôo que você aprecia mais e principalmente se você está disposto a pagar um preço eleva-
do por um rádio que dispõe de recursos que você não vai usar.


Rádio da Futaba usa o mesmo componente dos módulos Corona e FRSky

Observem que o CI CC2500 salientado pelo quadrado azul usado na placa do 18MZ da Futaba também é usado por outros fabricantes de sistemas de 2.4 GHz . Entre eles FrSky, Hitec, RadioLink, Corona, Graupner e Multiplex.
Esta imagem é de domínio público - encontrado no site da FCC OET - sob 18MZ FCC ID AZPT18MZ-24 G.

Fonte: http://www.modelflying.co.uk













Conversão de rádios de 35/40/50 ou 72MHz para 2.4GHz



É possivel fazer um "up grade" em rádios de qualquer marca ou modelo que esteja operando em qualquer frequencia para que ele passe a trabalhar em
2.4GHz.
Mesmo os rádios que operam em AM ou mesmo que estejam com a transmissão com defeito há grande possibilidade de reativá-lo instalando um modulo de 2.4GHz.
Tenho quase uma centena de clientes cujos rádios passei para 2.4GHz e todos, sem excessão estão bastante satisfeitos.
Na maioria das conversões eu uso modulos da Corona por serem altamente confiáveis e oferecerem um alcance minimo de 1,6Km. Bem superior a qualquer outro modelo de módulo das marcas tradicionais.
Tendo em vista que os rádios modernos, independente da marca ou modelo, cada vez mais apresentam problemas de fabricação, quer pela baixa qualidade dos componentes utilizados na sua fabricação, quer por defeitos no seu firmware ( software residente ), a instalação de um modulo de 2.4GHz num rádio Futaba ou JR mais antigo cuja funcionabilidade esta mais do que aprovada, pode ser uma solução eficiente e barata.
Muitos clientes relatam que desistiram dos modulos tradicionais da Futaba, Spektrum ou Hitec, devido aos constantes "recalls" necessários para corrigir falhas, enquanto os módulos chineses da Corona, Assan e FRSky apresentam um funcionamento seguro e sem surpresas, além de serem bem mais baratos.
Quem duvida da qualidade desses módulos, é só fazer uma visita nos forums internacionais como RC Groups, RC Universe, Fly Giant, e outros e verá que tantos os modelistas americanos quanto os europeus usam direto os módulos chineses e não se cansam de fazer testes e elogiá-los.
Quem estiver interessado em fazer a conversão do seu rádio, basta mandar um email para que possamos combinar o serviço.
O serviço é garantido e quem conhece o meu trabalho sabe que eu não faço "gambiarras" como muitos aventureiros que andam por ai oferecendo serviços
bem mais caros e sem nenhum comprometimento com os clientes.

Mano





RádioFutaba Gold AM T6FG/K convertido para 2.4GHz

























RádioAirtronics RD600 convertido para 2.4GHz




Posicionamento das antenas nos rádios de 2.4GHz



O funcionamento correto e seguro dos rádios de 2.4GHz depende em grande parte do correto posicionamento das antenas dos receptores e dos rádios.
As antenas dos rádios de 2,4Ghz irradiam o sinal da mesma maneira que aquelas dos rádios de 72MHz, portanto a regra básica de NÃO APONTAR A ANTENA PARA O MODELO é a mesma.
A antena do rádio deve ficar SEMPRE na vertical em relação a frente do rádio ou num angulo de 45º apontando para o chão no caso dos módulos instalados na parte de trás dos rádios.
Nos receptores devido a variedade de modelos existentes atualmente a recomendação do posicionamento das antenas varia de acordo com o fabricante. Nos receptores da Futaba, Corona, FRSky e outros que usam um sistema de duas antenas, as mesmas devem ser instaladas de modo que formem um angulo de 90º entre elas conforme a figura abaixo.



Nos receptores da JR/Spektrum que utilizam receptores satélites, basta instalar os receptores de modo que as antenas de um fique na horizontal e do outro na vertical . Se o receptor for do tipo AR500, deve se obedecida a mesma orientação para os receptores da Futaba, ou seja 90º entre o fio maior e o menor.



AR500 posicionamento da antena ( fonte: www.rcuniverse.com ) AR6200 posicionamento dos receptores ( fonte: www.spektrum.com )






Nos receptores que tem apenas uma antena, como nos Orange ou nos park flyer a mesma deve ficar bem reta e o mais afastada possível de massas metálicas como baterias, servos, ESC's, fios e etc.
Convém lembrar que nas antenas compridas como as da Futaba, FRSky, Corona e outras, a antena própriamente dita é aquele pequeno pedaço de fio com capa transparente. Ele mede exatamente 30mm. O resto do fio, que na verdade é um cabo coaxial (blindado) não irradia sinal.





Posicionamento das antenas de um Receptor 2.4 GHz da Futaba ( fonte: www.rcuniverse.com )

Nos rádios a posição das antenas também é muito importante e é a causa de muitas "perdas de sinal" e consequentes quedas de modelos. É comum vermos em fotos e vídeos na internet, pilotos renomados e até mesmo em competições com a antena do rádio posicionada totalmente errada.
Da mesma forma que a antena de um rádio de 72, 50 ou 27MHz, nas antenas de 2,4 GHz a onda de rádio se propaga de forma concêntrica, tendo como centro dos circulos a própria antena.
Imagine um radio de 2.4GHz "em pé" no chão com a antena na vertical. Olhando de cima, imagine circulos em volta da antena, como se fosse aqueles que vemos quando jogamos uma pedra num lago.
O centro dos circulos produzidos na agua é exatamente o ponto aonde a pedra caiu.
No caso do rádio é a mesma coisa. O sinal é mais forte em volta da antena e mais fraco na ponta
Portanto se você estiver pilotando com o rádio na posição normal, ou seja, segurando ele "deitado", com elechão e a antena pra frentel o sinal mais forte será transmitido formando um disco imaginário colocado em pé na sua frente. Em outras palavras haverá um sinal bem forte sendo transmitido para os lados e um sinal fraco prá frente em direção a pista ( aonde está o avião ).
Fica claro então que quando você "aponta" a antena para o avião o sinal é mínimo e poderá haver perda do link ( comunicação entre o rádio e o receptor).
Isso vale para radios que operem em qualquer frequência e não só para os rádios de 2.4GHz.
É justamente por essa razão que todos os ( bons ) fabricantes de RC de 2.4GHZ , nos manuais dos equipamentos, recomenda que a antena do rádio deve ficar sempre na VERTICAL EM RELAÇÃO A FRENTE DO RÁDIO. Só assim é possivel garantir que o link permanecerá sólido e confiável.





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Sistemas de 2.4GHz



Os sistemas de rádio que operam em 2.4GHz utilizam formas diferentes de modulação.
O mais comum é o DSSS - Direct Sequence Spread Spectrum que consiste num transmissor e num receptor funcionando numa região fixa da banda de 2.4GHz. Esse é o sistema utilizado pela JR/Spektrum, Assan, Corona e outros.
O outro sistema é o FHSS - Frequency Hopping Spread Spectrum cuja característica é a transmissão estar constantemente mudando de
canal dentro da banda em breves intervalos de tempo. Atualmente apenas a Futaba e a Airtronics utilizam este sistema.
Não é possivel afirmar categóricamente que um sistema e melhor do que o outro. Ambos tem as suas vantagem e desvantagens, entretanto poderíamos dizer que na teoria o sistema da Futaba seria melhor uma vez que além de ser FHSS também não deixa de ser DSSS porque por breves instantes a sua transmissão esta parada numa região da banda.

Como funciona o DSSS

O sistema DSSS, ou numa tradução livre “Espalhamento de Freqüência com Seqüência Direta”, “aloca” um canal dentro da banda de 2.4GHZ de forma aleatoria cada vez que o rádio é ligado. Bem diferente dos sistemas que operam em 72MHz onde o uso de um cristal determina de maneira precisa, exatamente o local (freqüência) dentro da banda onde o rádio estará transmitindo.
Na verdade, no DSSS o canal pode aparecer e desaparecer tão rapidamente que tem-se a impreensão de que ele existe em vários lugares da banda ao mesmo tempo.
Assim o rádio utiliza uma ampla gama de freqüências para enviar dados para o receptor, ao invés de um único canal de freqüência usado pelos rádios a cristal, daí o nome Espalhamento de Freqüência.
Como os canais estão em constante movimento dentro da banda, outros sinais poderão aparecer sem que isso cause qualquer tipo de interferencia. No máximo haverá uma pequena dimiuição do sinal transmitido até o receptor. Na verdade, mesmo que a banda esteja completamente lotada com sinais de outros equipamentos e quase completamente bloqueada, assim mesmo uma pequena parte do sinal de seu transmissor vai passar alcançando o receptor.
Não bastasse isso, ainda que outro transmissor DSS (ou mesmo vários outros) estiverem operando no mesmo canal, também é improvável que ocorra alguma interferência , porque o sinal do rádio também estará se deslocando dentro da banda numa seqüência e ritmo diferente também .
Por isso na sigla DSSS as letras SS representam o Spread Spectrum e as duas primeiras letras representam Direct Sequence, ou seja, a ordem e a freqüência com que o canal se move dentro da banda.
A ocorrencia de interferencias no sistema SS é muito remota uma vez qua qualquer sinal interferente teria que estar constantemente na mesma posição do canal que o rádio está transmitindo. Como vimos que esse posicionamento é aleatório essa possibilidade é nula.




Como funciona o FHSS?

A diferença entre o DSSS e o FHSS -Frequency Hopping Spread Spectrum basicamente é que o FHSS transmite “pulando” constantemente de canal em canal em toda a banda.
Esse sistema, pelo menos teoricamente, tende a sofrer menos com o congestionamento da banda porque como a transmissão está sempre mudando de canal, o sistema está sempre transmitindo apenas nos canais que estão “livres” não importando se são muitos ou poucos uma vez que a velocidade com que a troca de canal é feita é muito rápida, da ordem de 2 milisegundos ( milésima parte de um segundo ).
No sistema FHSS é ainda mais dificil acontecer interferencia devido a mudança constante do canal dentro da banda de forma aleatória. Isso torna esse sistema extremamente confiável para o uso em RC.
Salvo na situação ocorrida com alguns rádios FASST da Futaba onde, por erro de fabricação, duas ou mais séries de rádios foram produzidas com a mesma sequencia, ou identidade. Quando dois destes rádios entravam em operação lógicamente um interferia no outro, justamente porque "sabia" exatamente aonde os canais iriam aparecer dentro da banda!!!
Os rádios que utilizam o sistema FHSS atualmente são apenas os Futaba FASST e os modelos de 2.4GHz da Airtronics.

Maior proteção contra interferências

Além das formas inteligentes que os sistemas Spread Spectrum dispões para reduzir drasticamente o efeito das interferências, os fabricantes mais renomados ainda implementam outras formas de tornar as transmissões ainda mais confiáveis.
O sistema FASST da Futaba ( FHSS ) teoricamente é o mais eficiente para evitar interferência, conforme já foi explicado acima, devido a sua própria caracteristica e a JR/Spektrum encontrou outra forma de otimizar o seu sistema ( DSSS ), a qual consiste em transmitir não apenas um mas dois canais simultaneamente. Dessa forma se um dos canais sofrer interferencia a transmissão continuará a ser feita pelo outro sem nenhuma interrupção.
Assim os maiores fabricantes de RC, conscientes de que os seus rádios poderão controlar modelos de grandes dimensões, caros e potencialmente perigosos, procuram de todas as maneiras oferecer sistemas confiáveis e sólidos
Aqui podemos entender porque existem sistemas de 2.4GHz tão baratos e outros tão caros.



Sistemas redundantes.

Mesmo com todos os cuidados relacionados acima, ainda é possível minimizar os riscos de panes nos links de 2.4GHz trabalhando em cima de outra importante caracteristica da transmissão na banda dos 2.4GHz. Trata-se da maneira como os sinais de rádio se comportam quando são transmitidos pela antena do radio.
Em freqüências muito elevadas como a de 2.4GHz, a onda de rádio se desloca no ar de forma muito parecida com um feixe de luz.
Quando trabalhamos na banda dos 72MHz, embora essa freqüência também possa ser considerada elevada, o sinal emitido pela antena do rádio ainda consegue ultrapassar obstáculos como árvores e paredes sem sofrer muita absorção ou reflexão chegando ao receptor de forma satisfatória e fazendo o sistema funcionar normalmente.
Na banda de 2.4GHz as coisas ficam mais complicadas porque as ondas de rádio sendo mais “diretas”, agem como se fossem o facho de uma lanterna, e podem ser absorvidas e ou refletidas por objetos sólidos dentro do seu raio de ação, tais como árvores, construções, automóveis e outros objetos que compõe o ambiente.
Esta caracteristica fará com que um avião que está sendo controlado com um rádio de 2.4GHz, ao passar atrás de uma árvore, provavelmente o sinal de comando recebido pelo receptor sofrerá uma queda brusca, devido ao bloqueio, ou "sombra" que a árvore oferecerá ao sinal do rádio. Algo semelhante com um eclipse.
De forma semelhante se o avião passar próximo a uma construção ou a um objeto de dimensões avantajadas, parte do sinal do rádio que bate nesse objeto será refletido até o avião, chegando na antena do receptor juntamente com os sinais que vem direto do rádio. Esses sinais refletidos são conhecidos como “multi pathing” – ou caminho múltiplo – e provocarão no receptor uma “confusão”, uma vez que estarão defasados dos sinais diretos emitidos pelo radio. Conseqüentemente o receptor não conseguirá extrair os sinais de comando e o avião perderá o controle.
Para minimizar estas situações, os fabricantes projetam receptores com sistemas “redundantes”, seja através da colocação de mais de uma antena, ou utilizando dois ou mais receptores interligados.
Ao montar antenas ou receptores em lugares diferentes (mesmo que apenas uma ou duas polegadas de distância), pode-se assumir que uma ou outra será capaz de obter um sinal claro.
A JR / Spektrum utiliza dois ou mais receptores e ainda equipa cada um deles com duas antena. Esse arranjo garante que dificilmente o avião perderá o sinal do rádio seja qual for a situação de vôo que se encontrar.
Já a Futaba no seu sistema FASST. que já é bem seguro, usa apenas duas antenas montadas nos receptores como forma de melhorar a recepção. Teoricamente esta não é uma opção tão boa quanto a da JR Spektrum mas na prática funciona bem.



Qual é o melhor sistema?

Indiscutivelmente tanto o sistema FASST da Futaba quanto o DSM2 da JR / Spektrum são os melhores do mercado e oferecem a melhor
confiabilidade e desempenho.
Certamente sempre vamos encontrar pessoas que reclamarão de um ou outro sistema, assim como de resto de outras marcas.
É bom lembrar que ainda estamos lidando com equipamentos de primeira geração e inevitavelmente surgirão problemas e questões que terão que ser resolvidas. Tanto que a JR / Spektrum e a Futaba já enfrentaram alguns desses problemas, mas agora as coisas parecem ter se estabilizado.
No entanto, estão surgindo várias alternativas para as duas "grandes" marcas, embora sejam sistemas com menos recursos.
Há o XPS que é um sistema de módulos de 2.4GHz de canal único DSSS que não tem redundância nem de antena nem de receptor.
Apesar de muitas pessoas têm relatado excelentes resultados com este sistema, é importante ler atentamente os vários fóruns de discussão em torno da Internet para saber sobre outros problemas apresentados por este sistema.
Há um número crescente de pessoas que elogiavam o XPS e agora vem externar a sua decepção depois de perder alguns modelos devido a bloqueios ou outras falhas inexplicáveis do sistema.
Dentre os sitema feitos na China, o Corona e o Assan são os mais utilizados. Ambos são sistemas DSSS e ambos possuem redundância de antenas nos receptores. A diferença básica entre eles é que a a Corona não foi muito feliz quando lançou o seu primeiro sistema ( V1 ) que operava em FHSS, mas em seguida adotou o DSSS e não só isso, passou a transmitir três canais simultâneamente dentro da banda, o que confere ao sistema deles uma confiabilidade muito boa. Os sistema da Corona a partir disso passaram a ter uma boa aceitação entre os aeromodelistas de todo o mundo conforme pode ser comprovado nos forums do RG Groups e RC Universe. Ambos os sistemas, Corona e Assan funcionan relativamente bem e não são conhecidos muitos relatos de problemas sobre eles.



Compatibilidade entre os sitemas de 2.4GHz.

Não existem sistemas de 2.4GHZ que sejam compativeis entre si. Portanto não é possivel usar receptores JR/Spektrum com rádios Futaba FASST ou o contrário. Também os rádios feitos na China não são compativeis (ainda ) com os demais sistemas.
Esta situação é ainda pior quando você percebe que alguns receptores chineses são até melhores do que alguns produzidos por marcas de renome que custam três ou quatro vezes mais.
Então, porque os chineses não estão fazendo receptores compatíveis com a JR / Spektrum e a Futaba?
Simplesmente porque a tecnologia spread spectrum é uma tarefa difícil e fazer engenharia reversa de um sinal SS não é muito fácil (mas não impossível). O processo requer um considerável conhecimento e habilidade e tudo isso representa um investimento significativo, algo que muitas vezes não está disponível para os pequenos produtores chineses que estão atualmente construindo seus próprios sistemas de RC na China.
Além do mais, a Futaba (por exemplo) está usando nos seus receptores chips feitos especialmente para a fabrica "custom-made" o que significa que nem mesmo a aplicação de engenharia reversa seria suficiente para copiar um receptor e, muito provavelmente apenas se conseguiria jogar o receptor no lixo sem conseguir descobrir o seu funcionamento.







Na foto ilustrativa acima, podemos ver na tela de um Analisador de Spectro os sinais gerados pelos rádios de 2.4GHz mencionados no texto. Nesse teste o radio da Corona era mais antigo e transmitia em apenas dois canais. Abaixo podemos ver outra imagem mostrando o sinal de um rádio Corona mais moderno já transmitindo três canais.



Transmissão de um rádio Corona 2.4GHz









Os rádios de 2.4GH da Hobby King e os produtos chineses







Depois de tudo que foi dito no texto acima sobre o funcionamento, a confiabilidade e as marcas dos vários fabricantes de RC na faixa de 2.4GHz,
cabe mais algumas palavras para alertar aos aeromodelistas de como fazer uma boa escolha na hora de comprar um rádio de 2.4GHz .
Todos sabemos que a diferença de preço entre um rádio chinês e um rádio de marca tradicional, mesmo nos mercados fora do Brasil é muito grande,
e a razão disso é a tecnologia do projeto em si e a qualidade dos materiais empregados na fabricação dos equipamentos.
O radio de 2.4GHz da Hobby King é apenas um exemplo, mas na verdade quero me referir a todos os rádios fabricados na China e que equipam sobretudo pequenos modelos elétricos "combo", onde o conjunto avião/rádio/motor é extremanente barato, e por isso mesmo torna-se um atrativo irresistivel para aqueles que estão iniciando no aeromodelismo.
Afirmo sem medo de errar que em 90% dos casos, essas pessoas ficarão muito frustradas quando receberem o equipamento comprado e perceberem que ele está aquém das propagandas dos vendores.
Enquanto alguns sequer funcionam quando são ligados, outros apresentam problemas de toda a ordem, como falta de alcance do rádio, perda de controle do modelo, vôo com duração de poucos minutos e etc.
Mas para ficarmos apenas na parte do rádio, é preciso ficar claro que os rádios chineses são todos clones uns dos outros tecnologicamente falando, porém no tocante aos componentes eletrônicos são totalmente diferentes. Até mesmo rádios da mesma marca e modelo usam componentes diferentes. E não são apenas "genéricos", são diferentes mesmo, chegando ao ponto da placa do circuito de dois rádios "irmãos gêmeos" não serem iguais!
Ora não é preciso dizer que no momento que um rádio deste apresenta um defeito torna-se dificil consertá-lo. Mesmo que seja possível encontrar um componente eletrônico equivalente que funcione no rádio, o valor do conserto certamente será mais caro que o valor de um rádio novo.
Ai reside todo o dilema dos produtos chineses e não só dos rádios.
Quem compra estes produtos tem que estar consciente que está pagando muito barato e, portanto está correndo dois riscos: a qualidade não é das melhores e o equipamento pode deixar de funcionar a qualquer momento e isso acontecendo, as chances dele voltar a funcionar são mínimas.
Claro que nem todos os rádios e equipamentos que se compra da China são porcaria. Alguns até são bons mesmo. Porém é preciso muito critério e conhecimento para não cair na armadilha do preço baixo.
Os aeromodelistas mais experientes, antes de comprar produtos chineses, pesquisam bastante na Internet, nos forums e blogs. Trocam idéias e experiências com outros colegas e raramente compram algum equipamento sem nenhuma referência de alguém. Essa é, na minha opinião, a melhor forma de comprar coisas baratas com grandes chances de aproveitá-las como se pretende.
Para aqueles que estão iniciando no hobby, é importantíssimo que mantenham contato com modelistas mais experientes, seja no campo de vôo ou nos forums . Que examine os modelos o pessoal esta voando, qual a motorização, qual o tipo de bateria, que carregadores estão sendo usados e etc. Formando assim a sua idéia sobre o tipo de avião pretende comprar.
Não existem receitas prontas para montar um modelo a partir do zero. A quantidade de componentes que pode ser usada é muito grande e depende do tamanho e do peso do modelo.
Por isso quem quer iniciar, ou compra um modelo "combo" onde o conjunto motor/ESC/bateria já vem adequado para o avião, ou segue a recomendação de alguém que tenha um avião parecido voando em boas condições.
Concluindo, se você está iniciando no aeromodelismo e pretende voar um pequeno modelo elétrico, para ver se vai se adaptar ao hobby, justifica-se plenamente que você compre um rádio e demais equipamentos chineses e faça uma boa economia. Mais tarde então se realmente você se motivar pelo aeromodelismo, então pense em adquirir pelo menos um rádio mas tradicional e que ofereça maior confiabilidade.
Mas se você já é aeromodelista, possui modelos grandes sejam glow ou mesmo a gasolina, nem pense em economizar usando um rádio chines barato e muito menos SERVOS BARATOS, mas isso será tema de outro texto mais adiante.
A minha experiencia apenas me permite indicar os modulos e receptores da Corona e da Assan de 2.4GHz, os quais além de fazer testes de bancada ainda tenho modelos meus voando com essas marcas, sem qualquer tipo de problema.
Sobre os rádios da Hobby King de 2.4GHz, iguais ao da foto acima e também os de 6 canais com display de cristal liquido, só posso dizer que tenho recebido vários pedidos de conserto mas infelizmente não tenho como trabalhar nestes equipamentos. Os defeitos mais recorrentes são problemas de mau contato nos sticks, perda do bind e problemas no display dos rádios.
Na verdade estou até pensando em comprar os rádios com problema para fazer um "banco" de peças e assim poder resolver alguns problemas mais simples.







Rádio 6XA que transmite em 72 e 2.4GHz





Com a facilidade de se conseguir modulos e receptores de 2.4 chineses a um custo relativamente baixo, ficou mais fácil para a maioria dos aeromodelistas, migrar para esta faixa gradualmente e sem grandes investimentos.
Os módulos vendidos na China tanto os da Corona como os da Assan, que são os mais conhecidos e utilizados em todo o mundo, são adaptáveis em qualquer tipo de rádio. Desde um 2.4 FASST da Futaba até um velho Futaba FG. Não me perguntem porque alguém que já tem um rádio de 2.4 original instalaria nele outro sistema. Creio que por acreditar mais no sistema chines...
Os módulos de 2.4 são de dois tipos: O externo, que é um módulo igual a um modulo de 72Mhz da Futaba ou da JR, que é usado nos rádios destas marcas que utilizam módulo externo de transmissão como os Futaba 7UA/8UA/9CAP e os JR 8103/9303/PCM10X e etc. Nestes rádios basta comprar o modulo Corona ou Assan compativem com a marca do rádio, retirar o modulo de 72 e instalar o de 2.4GHz. Os módulos internos são para os rádios que não usam módulo, como é o caso do 6XAs ai em cima, do 7CAP da série Sky Sport 4VF/7YF e outros.
O kit de conversão de 72 para 2.4 além do módulo e a antena, acompanha também um receptor de 6 ou 8 canais, de modo que, quando você adapta ou converte um rádio já pode usá-lo para voar um modelo. Depois é só ir comprando outros receptores avulsos.
A melhor parte desta conversão, além de ter um custo bem menor que a compra de um rádio original de 2.4, é que você continua usando um rádio com o qual já está acostumado, sabe como programá-lo e já tem seus modelos na memória.
Eu sei que muita gente não gosta de equipamentos chineses ( só gostam dos preços... ) embora pelo que eu tenho acompanhado nos forums internacionais, quem está usando está bem contente. Tem muita gente no exterior fazendo testes com equipamentos bem sofisticados e divulgando o resultado pela Internet, onde se pode ver que os projetos que estão sendo comercializados atualmente são muito bem feitos. É claro que tem o problema do controle de qualidade, mas isso não é privilégios destas marcas, é só pegar um Futaba 6EX FASST ou um Spektrum DX5e e em alguns deles encontraremos mais problemas do que quando se comprava um Attack AM!
O rádio da foto é um 6XAs, um dos últimos rádios de boa qualidade que a Futaba produziu ( Made in Taiwan ), no qual instalei um módulo da Corona que é acionado através de uma chave na parte superior do rádio, a qual liga o módulo de 2.4 e desliga a transmissão em 72MHz. Optei por este sistema para que não fosse preciso retirar o cristal do rádio toda vez que a transmissão de 2.4 fosse ativada. É preciso esse cuidado para que o rádio não fique transmitindo nas duas frequencias.


Detalhes da instalação Led indicando transmissão em 2.4





Como fica a instalação no interior do rádio. O módulo é acomodado embaixo da antena.

Embora a confiabilidade destes kits modulo/receptor de 2.4, sejam da Corona, sejam da Assam, possa ser considerada boa, eu não recomendo o seu uso em modelos grandes ou caros. É um sistema ideal para aquele aeromodelista que tem um rádio com modelos comuns, elétricos e/ou glow, com os quais voa bastante nos finais de semana, principalmente porque não ficará mais "atrelado" a um canal sujeito a interferências ou partilhado com outro colega.
Qualquer dúvida entre em contato.ManoRC



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Bind dos módulos da Corona.





Com o módulo instalado e o receptor com as conexões de bateria e servos feitas, então é a hora de fazer o "casamento" entre o módulo e o receptor.
Nos sistemas de 2.4 é esse casamento garante que o receptor não vai receber nenhum outro sinal que não seja aquele do rádio (módulo) que está transmitindo para ele, ou seja, não sofrerá interferência.
Cada fabricante tem um jeito de fazer esse "casamento" ou "bind", neste texto vamos ver apenas de como isso é feito nos equipamentos da CORONA.
Na verdade eu estou apenas traduzindo o folheto que acompanha o conjunto módulo/receptor.

A primeira recomendação é que você verifique se o seu rádio está programado para transmitir em PPM . Os rádios mais simples que não transmitem em PCM, e automaticamente já estarão em PPM não necessitando mexer em nada.



<!--[if !supportLists]--> 1. <!--[endif]--> Aperte o botão existente no módulo e sem soltá-lo ligue o rádio.

<!--[if !supportLists]--> 2. <!--[endif]--> Assim que ligar o rádio solte o botão na mesma hora. O manual pede atenção para essa operação porque se o botão permanecer pressionado por um tempo maior do que 3 segundos o módulo pode apresentar problemas.
Nesse momento o Led do módulo deve ficar piscando alternadamente entre o vermelho e o verde. Isso indica que ele está preparado para fazer o Bind com o receptor.

3. Agora aperte o botão existente no receptor e o mantenha pressionado enquanto liga o receptor. Nesse momento um Led no interior do receptor ( visto pela parte debaixo ) vai piscar duas vezes indicando que o receptor reconheceu o código do módulo e, depois ficará APAGADO. Pronto, o Bind foi feito com sucesso.

4. Desligue o radio e o receptor.

<!--[if !supportLists]--> 5. <!--[endif]--> Volte a ligar o receptor sem apertar nenhum botão e após ligue o rádio, também sem apertar botão nenhum. O LED do módulo ficará vermelho e o link entre o rádio e o receptor será fechado entre 5 a 20 segundos. Se o sistema estiver OK o LED vermelho do receptor permanecerá aceso sem piscar e os servos devem responder aos comandos do rádio.

<!--[if !supportLists]--> 6. <!--[endif]--> Se o LED do receptor piscar algumas vezes ou mesmo nem acender, repita o item 5 novamente ( não aperte botão nenhum, apenas desligue o radio e o receptor e torne a ligá-los novamente).
Faça isso até que o Led do receptor fique permanentemente aceso indicando que o link efetivamente está sólido. Uma vez linkado o conjunto
permanecerá assim até que um novo procedimento seja feito.













As antenas dos TX Spektrum



Nos rádios de 2.4GH, tanto tanto da Futaba como os da Spektrum, a antena transmissora é feita com o próprio cabo que sai do módulo de trans-
missão, apenas "desencapando" parte da malha de blindagem e deixando exposto o fio central do cabo que torna-se a antena própriamente dita.
A parte "ativa" da antena é embutida na parte superior do tubo plástico móvel que compõe a antena dos rádios .
Nos radios da Futaba a articulação da antena é feita apenas no encaixe entre a parte fixa e a móvel, permitindo que o cabo passa livremente no
seu interior. Já nos rádios da Spektrum, essa mesma articulação é conseguida fazendo passar um pino plástico entre as partes e o cabo passa entre esse pino
e o corpo plástico da antena.
Quando a articulação quebra o pino, seja por uma quada do rádio ou porque alguém a força além do limite, o pino quebra e a ponta da antena fi-
ca pendurada pelo cabo. Neste casos é comum o usuário tentar conserta a antena colocando um pino metálico na articulação, porém como o espaço onde passa o cabo é muito pequeno, muitas vezes ao forçar o pino o cabo é rompido fazendo com que o rádio deixe de transmitir.
Tenho recebido alguns rádios nestas condições na oficina. Lamentávelmente, como não é um hábito fazer o teste de alcance ( muitos aeromodelistas
sequer sabem como fazer o teste com os rádios de 2.4 ), o problema só será percebido quando houver a perda do controle do modelo.
Nestes casos onde o cabo é rompido, o ideal seria trocar todo o conjunto da antena, a parte exterior plástica e o cabo. Porém como isso nem sempre é possível, eu tenho consertado as articulações e emendado o cabo rebentado conforme pode ser visto nas imagens abaixo. É uma solução eficiente, a emenda é feita de modo que fique no interior do rádio, e tem dado bons resultados.
Nunca esqueça que para o melhor desempenho do link de rádio, a antena deve ficar perpendicular ao rádio durante o vôo e nunca apontando para o modelo.



Emenda do fio central (0,7mm) Emenda da malha de blindagem Cabo pronto









Mensagem de erro no Spektrum DX7


Essa mensagem aparece quando, por qualquer motivo, o usuário esquece de desligar o rádio normalmente. O rádio ficando ligado, a bateria vai se descarregando lentamente até atingir a voltagem mínima quando então é acionado o alarme audível. Se mesmo assim o rádio não for desligado, a bateria continua a descarregar-se até que o rádio "apaga" totalmente.
Quando o aeromodelista vai usar o rádio e percebe que este ficou ligado, ele faz a coisa mais óbvia. Desliga a chave e liga o carregador. A surpresa aparece no momento que o rádio é ligado novamente. Aparece no display apenas a mensagem "BACKUP ERROR", e o rádio não funciona mais.
Ela indica que o processador do rádio não conseguiu finalizar a programação corretamente, isto é não conseguiu, gravar os parâmetros que estavam em operação durante a operação do rádio.
Em princípio isso não deveria ocasionar nenhum problema. O software deveria "gerenciar" esta situação tranquilamente. Mas isso não acontece no DX7, portanto NA MINHA OPINIÃO ISSO É UM ERRO DE SOFTWARE e, portanto um defeito de fabricação.
Gostaria de informar àqueles que "encostaram" os seus rádios DX7 devido a esse problema que já é possivel recuperá-lo.
Faça contato com a gente para maiores informações.









O receptor R168DF



O receptor R168DF foi lançado para substituir o velho e bom R127DF que por muitos anos equipou os radios FM da Futaba mas foi descontinuado.
O problema é que esse receptor é montado na China e a qualidade do circuito, como de resto os outros equipamentos que a Futaba está fabricando
naquele país, não é boa.
Recebo com alguma frequencia receptores R168DF cujos componentes estão mal soldados na placa do circuito provocando mau funcionamento dos
mesmos. Alguns receptores apresentam tantos problemas que simplesmente não é possivel consertá-los!
Quando estes receptores sofrem uma pancada forte, no caso da queda do modelo, então o problema é maior e são raros aqueles que se con-
segue fazer funcionar normalmente devido aos contatos intermitentes entre os componentes e a placa do circuito.
Certamente não são todos os receptores que apresentam esses problemas. A maioria funciona bem, mas o que chama a atenção é que no caso dos receptores mais antigos, especificamente os R127DF, jamais vimos ocorrer esse tipo de problema. O controle de qualidade do circuito era muito melhor e mesmo sofrendo pancadas violentas quebram-se os componentes ( filtros cerâmicos, cristais e até bobinas ) mas a integridade das soldas e da placa principal
raramente são atingidas.
Por isso fica aqui o meu conselho: Se você comprou um rádio FM da Futaba e o receptor é o R168DF, redobre os cuidados ao instalá-lo no avião.
Não economize espuma em volta dele e proteja-o muito bem, porque se der o azar do avião vir a a lenhar e o receptor bater, haverá uma possibilidade
grande de você precisar comprar um receptor novo.
Por outro lado se você está querendo comprar um outro receptor FM para um segundo avião, compre um R127DF usadinho em bom estado que além de ser mais barato não lhe trará dores de cabeça no futuro.





Alguns cuidados com os receptores de 2.4GHz



Com a popularização dos rádios de 2.4 GHz estão surgindo dúvidas entre os aeromodelistas sobre o funcionamento e até a confiabilidade destes rádios.
Seguidamente sou questionado sobre esta tecnologia, se ela realmente é boa, se vale a penas trocar os rádios de 72MHz para 2.4, se realmente estes rádios são imunes a interferências e outras tantas duvidas.
Correm boatos nos campos de vôo que os rádios de 2.4 são instáveis porque apresentam “zonas de sombra” de sinal aonde pode haver a perda de controle do modelo e que o alcance efetivo não é suficiente para controlar o modelo a uma distância maior e outras bobagens que geralmente são disseminadas por pessoas que não tem uma base técnica sólida e falam somente para impressionar os demais colegas .
Em primeiro lugar é importante salientar que o uso da faixa de 2.4GHz começou a ser usado a muitos anos inclusive em sistemas militares portanto trata-se de um sistema robusto e exaustivamente testado. Não é preciso dizer o cuidado técnico que existe nos paises europeus e nos Estados Unidos para homologar o uso de equipamentos de radioemissão.
Se os equipamentos que utilizam esta faixa apresentassem qualquer indício de falha jamais seriam liberados para o uso em RC e muito menos os grande fabricantes como a Futaba e a JR iriam investir dinheiro neste sistema. Só isso bastaria para garantir que os rádios de 2.4 são bons, confiáveis e seguros.

Como funcionam

É sabido que os rádios de 2.4 não usam cristais, são sintetizados. O que muita gente não sabe é que eles não operam num canal fixo como os rádios cristalizados.
A faixa de 2.4GHz tem 80 canais disponíveis que podem ser usados de várias formas de acordo com cada tipo de equipamento de RC.
A regra estabelecida entre os fabricantes de equipamentos exige que qualquer equipamento ao ser ligado faça uma varredura na faixa a fim de encontrar um ou mais canais vagos, para só depois iniciar a transmissão propriamente dita. Essa é a razão pela qual é virtualmente impossivel um rádio interferir no outro: Um rádio jamais vai transmitir em cima de um canal ocupado.
O sistema utilizado pela Spektrum/JR utiliza dois canais: um onde os sinais de controle são transmitidos até o receptor e outro que fica na reserva para caso aja algum problema com o canal principal que esta transmitindo, assumir imediatamente a transmissão.
Quando um transmissor da Spektrum é ligado ele possui um receptor interno que "varre" a faixa a procura de um canal vago. Quando encontra ele trava no canal e começa a transmitir. A seguir inicia uma nova busca até achar um segundo canal livre passando a transmitir um sinal nele. Assim o rádio garante que se outros rádios forem ligados estes 2 canais não serão usados uma vez que encontram-se ocupados.
Uma vez escolhidos os dois canais o rádio passa a transmitir num deles deixando o outro na reserva. Caso ocorra qualquer problema com o canal que esta transmitindo, o rádio desvia a transmissão para o canal reserva e imediatamente procura um novo canal para ficar na reserva. Tudo isso é feito sem que o usuário perceba porque a rapidez da troca é medida em milisegundos ( um milésimo de segundo ). Este sistema é conhecido também como "hot standby" ou dual link.
Já o sistema usado pela Futaba funciona diferente. Os rádios da Futaba não alocam canais na banda, eles acham um canal vago e começam a transmitir porém a cada 2 milisegundos "pulam" para o próximo canal vago onde permanecem transmitindo por mais 2 milisegundos e depois trocam de canal novamente. Ou seja, o rádio fica pulando de canal em canal de um lado para o outro continuamente.Como o tempo de troca é muito rápido o sistema também é transparente para o usuário. Para ele o rádio simplesmente está sempre transmitindo.
Existem vantagens e desvantagens nestes dois sistemas de transmissão mas que aqui não interessa para o aeromodelista, basta saber que ambos são confiáveis e plenamente testados e aprovados.

Caracteristicas práticas


O foco principal deste texto é alertar aos colegas para a importância da correta instalação dos receptores a bordo do modelo porque qualquer negligência nesta hora poderá comprometer o correto funcionamento do rádio. Digo mais, a maioria dos problemas que algumas pessoas encontraram ao utilizar os rádios de 2.4 foram justamente pela não observação das informações contidas nos manuais, principalmente no capitulo que informa como devem ser instalados os receptores.
Diferentemente dos rádios de 72MHz que tem um fio de 1 metro de comprimento como antena do receptor, nos receptores de 2.4GHz a antena tem 3, 2cm de fio! Além disso como a frequencia utilizada é altíssima as antenas são muito direcionais. Isso quer dizer que enquantos nos rádios de 72Mhz não havia maiores preocupações na hora de instalar a antena, que é apenas uma, e basta extendê-la ao longo da fuselagem, nos rádios de 2.4 as antenas são no mínimo duas em cada receptor e em sistemas como o Spektrum são quatro, uma vez que são utilizados 2 receptores funcionando juntos. A JR tem um sistema de alta confiabilidade para modelos gigantes onde são utilizados 4 receptores, portanto temos 8 antenas! E cada sistema tem uma posição definida para a colocação dos receptores para que as antenas assumam posições exatas para proporcionar o melhor desempenho do conjunto.
Outra caracteristica dos rádios de 2.4 é utilizar uma potência de transmissão que é no máximo 1/5 da potência de um rádio de 72MHz. Enquanto estes transmitem com 0,5 a 0,7 Watts os rádios de 2.4 transmitem apenas com apenas 0,1 Watts. Isso no Brasil e nos EUA porque na Europa esse valor fica em torno de 0,06 a 0,08 Watts apenas. Embora essa seja uma caracteristica dos equipamentos que trabalham em frequencias elevadas, isso exige que a sensibilidade ( capacidade de receber sinais fracos ) dos receptores seja muito boa para que se tenha um bom alcance.
As ondas de rádio de 2.4GHz se propagam como se fossem onda de luz, ou seja, em linha reta não contornando objetos. Isso faz com que para que aja recepeção as antenas do receptor tem que "ver" a antena do rádio. Por isso se o modelo passar por trás de uma árvore grande ou de uma construção certamente irá perder o controle porque os sinais do transmissor não serão captados pelo receptor, ou chegarão tão fracos que este não será capaz de decodificá-los e comandar os servos. É importante então para o perfeito funcionamento do sistema ter o modelo sempre a vista.







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Rádios de 2.4GHz, anjos ou demônios? Empty Re: Rádios de 2.4GHz, anjos ou demônios?

Mensagem por cineas 1 Ter 29 Jan - 20:07:19

A instalação dos receptores


Porém o detalhe mais critico nos sistemas de 2.4 é sem dúvida a direcionalidade dos sinais, isso é as antenas do receptor por serem pequenas, se não forem corretamente instaladas, em determinadas posições do avião elas ficarão "de ponta" em relação a antena do rádio e a recepção dos sinais será mínima e se o avião estiver muito longe poderá haver quebra do link de rádio e perda do controle.
Para evitar isto os manuais dos rádios dedicam um capitulo especial para a instalação dos receptores na fuselagem do avião e o respectivo posicionamento das antenas.
O sistema de 2.4 da Futaba utiliza apenas um receptor com duas antenas que devem ficar num angulo de 90 graus entre si, já os radios da Spektrum usam 2 receptores, um principal aonde são conectados os servos e outro auxiliar que compõe o sistema "Dual Link". Cada um dos receptores tem duas antenas dispostas horizontalmente 180 graus entre si. Os receptores devem ser instalados de modo que as suas antenas fiquem uma no plano horizontal e a outra no plano vertical, formando uma cruz. Essa disposição vai garantir que ambos receptores recebam os sinais do rádio independente da posição que este estiver em relação ao avião ( recepção OMNIDIRECIONAL ).
Este tipo de instalação das antenas chama-se POLARIZAÇÃO CRUZADA.
Desnecessário dizer que o tamanho dos fios das antenas de 2.4 ( 3,2cm ) são críticos e não devem ser cortados e muito menos aumentados.
Outro detalhe que devemos lembrar é que sempre que for possível devemos manter as antenas afastadas de peças metálicas ou de fibra de carbono porque qualquer objeto condutor de eletricidade proximo a uma antena poderá alterar o seu funcionamento e desempenho. Assim, procure colocar os receptores afastados da linkagem,principalmente dos cabos. Isso não é uma condição essencial mas certamente se for observada dará maior confiabilidade ao sistema.
Um último detalhe diz respeito a antena do rádio que deverá estar sempre "quebrada" em 45 graus garantindo que o máximo de sinal estará sendo enviado ao avião. Lembre-se que quando a antena do rádio está "apontada" para o modelo o sinal irradiado é menor .
Estas informações constam nos manuais dos rádios e não são novidades, mas tem muita gente boa por ai que não se dá ao trabalho de ler o manual, instala o equipamento de qualquer jeito e depois quando ocorre uma pane são os primeiros a sair dizendo pra todo mundo que os rádios "não prestam".
Convém lembrar, como já falei no inicio que os sistemas de rádio na faixa de 2.4GHz são robustos e quando operando dentro das suas especificações funcionam perfeitamente.

MAno





Rádios Walkera





Um nova marca de RC apareceu no mercado brasileiro. São os rádios da marca WALKERA. Os mais simples como este da foto fazem parte do kit de helicópteros elétricos.. Outro modelos mais sofisticados com até 8 canais tentam imitar os radios da JR.
Esses rádios são feitos na China e como tal tem um preço muito convidativo em relação as marcas tradicionais japonesas. O grande problema é que o produto todo é baixa qualidade, tanto na parte eletrônica como mecânica. Assemelham-se muito aos produtos vendidos por camelôs, ou seja, quando apresentam
algum tipo de problema raramente é possível consertá-los e o seu destino é a sucata.
Não só esta marca de radiocontrole produzido na China está chegando ao mercado nacional, já chegaram as minhas mãos para conserto radios de marcas
totalmente desconhecidas e sem a menor possibilidade de recuperação.
Este modelo que aparece nas fotos me chamou a atenção porque além de não funcionar corretamente, e os seus componentes não fazerem parte da produção de fabricantens conhecidos e bem documentados, as duas chaves que aparecem na parte frontal do rádio, bem como um pequeno botão preto junto a chave do lado direito, SIMPLESMENTE NÃO FORAM LIGADOS AO CIRCUITO!!! Foram apenas fixados na carcaça do rádio e ali ficaram sem nenhuma função!
Na foto abaixo é possível ver inclusive que sequer receberam solda em seus terminais???!!!
Fica então o alerta, sobretudo àqueles que estão iniciando no aeromodelismo, para que não comprem equipamentos assim. Podem até serem mais baratos que um rádio equivalente de uma marca consagrada, mas sequer chegam perto em qualidade.
A minha preocupação é que o pessoal iniciante começe a comprar estes rádios e instalar em modelos Glow. Em tese irão funcionar, mas na prática o
risco de se perder o controle do modelo ou mesmo provocar algum acidente mais grave é grande.
Tudo bem, brincar com um helicópterozinho elétrico que voa a 20 metros do piloto é uma coisa, mas utilizar esse tipo de rádio em modelos maiores é problema.
Sabemos todos os problemas enfrentados pela grande maioria dos colegas aeromodelistas: Falta de dinheiro e falta de conhecimento. Para a primeira não
tem como fazer muita coisa, mas em relação ao conhecimento, fica o conselho: Conversem com colegas mais antigos no hobby, perguntem bastante e observem os equipamentos que estão sendo utilizados nas pistas antes de fazer uma compra. Certamente é muito melhor comprar um sistema de radicontrole tradicional de uma marca consagrada, mesmo que seja usado, do que comprar um equipamento "marca diabo" novo.
Lembrem-se do ditado: " Não existe almoço grátis ! ". Isso vale para qualquer tipo de compra.

MANO
















Os sticks dos 6EXA/H



A exemplo dos rádios 4YF, os modelos da série EXA ( 4EXA, 6EXA e 6EXH ), apresentam uma grande queda de qualidade
incompatível com o nome FUTABA.
Estes modelos fabricados na China, além de terem um design interno muito pobre, com fios passando por todos os lados da placa
do circuito e colados com "cola quente", apresentam também problemas de qualidade nos potenciômetros dos sticks.
Sendo peças sujeitas a constante movimento, não suportam a rotina de trabalho e seguidamente recebo estes transmissores apre-
sentando problemas nos sticks.
Nem mesmo o rádio "Walkera" da foto acima, feito também na China e sem qualquer tradição de nome entre os RC utiliza os poten-
ciômetros metálicos de melhor qualidade do que os utilizados pela Futaba nos rádios EXA.
Através das fotos abaixo podemos ver que mesmo os antigos rádios Conquest FM ou mesmo o Attack AM ( montados em TAIWAN )
tinham sticks de melho qualidade.
Portanto fica a sugestão: se você tem um rádio desta série, SEMPRE ante de voar, confira se os comandos estão funcionando correta-
mente.


Stick de um rádio 7UAF/P. É possível observar 4 Aqui vemos um stick de um rádio 4EXA. Os potenciômetros
potenciômetros metálicos. Dois ligados as alavancas são plásticos e apenas 2 já que o ajuste da trimagem é digital.
dos sticks e mais dois para o ajuste da trimagem.Também Não existe ajuste para a pressão das molas. Não existe nada
podemos ver os parafusos para ajustar a pressão das mo- aparafusado. Tudo é encaixado e colado.
las dos sticks.





Acima o potenciômetro plástico utilizado nos rádios da série EXA e a pequena arruela que o trava no conjunto do stick.
Abaixo o potenciômetro metálico utilizado nos rádios de maior qualidade.











Recall nos rádios DX6i



Depois dos problemas de "identidade" apresentados pelos rádios FASST da Futaba, agora é a vez dos Spektrum mostrarem o seu "lado negro".
O defeito apresentado por uma série destes rádios trata-se de mau contato nos potenciômetro dos sticks. É o velho problema tão bem conhecido dos usuários dos rádios da série EX da Futaba, principalmente o 6EXA. Só que a Futaba não quis fazer um recall talvez porque nem tivesse como saber qual série de rádios apresentam problemas e, acabou deixando a "bomba" nas mãos dos infelizes compradores.
Na verdade isso até era de se esperar porque os rádios da Spketrum também são montados na China. O dificil de aceitar é que um fabricante mantenha um controle de qualidade tão baixo sabendo dos problemas da terceirização para os asiáticos.
Bem pra começo de conversa não são todos os rádios DX6i que estão apresentando problemas. Apenas aqueles que tem dentro da caixa das baterias o selo de data de fabricação 807E, 808E, 809E, 810E, 811E, 812E e 901E




Segundo a Horizon Hobby, distribuidora da marca, TODOS os rádios que não tiverem os numeros relacionados NÃO APRESENTAM O PROBLEMA e portanto não necessitam serem enviados para o recall.
Também aqueles rádios que NÃO TENHAM NENHUM SELO ( Date Code Label ) estão isentos do problema e podem ser usados normalmente.
Os rádios com problemas que estejam fora dos EUA deverão ser encaminhados as lojas aonde foram comprados e estas providenciarão o envio para a assistência técnica para que o reparo seja feito.
Boa sorte a todos.

Mano















Manuais em português.



Muitos colegas me pedem manuais em Português de rádios, carregadores, cicladores e outros equipamentos utilizados em modelismo.
Alguns eu tenho e envio uma cópia cobrando apenas o custo da xerox, mas outros só disponho de copias em inglês o que dificulta a leitura para o pessoal.
As importadoras é quem deveria fornecer cópias em português dos manuais daqueles produtos que eles representam, mas infelizmente sei que isso não acontece.
Portanto estou solicitando que todos que estiverem lendo este texto e tiverem manuais de qualquer equipamento de aeromodelismo, principalmente dos rádios, que façam a gentileza de me mandar uma cópia. Eu pago a xerox e o correio.
Assim poderei disponibilizar para o pessoal de todo o Brasil essa literatura técnica tão preciosa para aqueles que compram um rádio usado e não sabem como operá-lo.
Aceito também manuais em inglês porque na medida do possível vou traduzindo algumas partes e repassando as informações em português pro pessoal.
Em breve disponibilizarei no site uma lista de manuais que tenho para que os colegas possam ter acesso a eles.
Obrigado a todos.
Mano

Obs: Antes de mandar o material por favor enviem um email informando a MARCA e o MODELO do equipamento.

















O Radiocontrole



O equipamento de radiocontrole (R/C) utilizado para comandar os aeromodelos continua sendo, para a maioria dos aeromodelistas, uma "caixa preta". Isso acontece porque para que se possa efetivamente entender o seu funcionamento, é necessário ter alguns conhecimentos básico de eletrônica e telecomunicações.
Tentaremos nesse texto, fornecer ao colegas algumas informações com a finalidade de esclarecer um pouco o que há dentro dessa "caixa preta", com palavras simples e sem abusar muito dos termos técnicos.
O funcionamento de um R/C deve ser bem simples, quando movimentamos a alavanca do stick do transmissor esperamos que o servo correspondente se movimente proporcionalmente controlando o modelo.
O movimento do stick gera um sinal elétrico que precisa chegar até o receptor para movimentar o servo. A forma de fazer chegar ao receptor o sinal produzido pelo movimento do stick é "juntá-lo " a uma onda de rádio.
Esse processo é bem conhecido de todos nós. Quando escutamos um jogo de futebol num rádio acontece a mesma coisa, a única diferença é que nesse caso é um microfone que está gerando o sinal elétrico que chega até o nosso receptor. Da mesma forma quando assistimos a televisão, o sinal elétrico que estamos recebendo foi produzido por uma câmara de vídeo no estúdio da emissora.
A "mistura" do sinal elétrico do nosso R/C com a onda de rádio recebe o nome técnico de modulação. Se a modulação alterar a amplitude da onda de rádio, teremos um sistema AM ( Amplitude Modulada ). Por outro lado, se a modulação alterar a freqüência da onda de rádio, teremos um sistema FM ( Freqüência Modulada).
O sinal elétrico que vai modular a onda de rádio pode ser de dois tipos:

PPM ( Pulse Position Modulation ) ou modulação por posicionamento de pulso;
PCM ( Pulse Code Modulation ) ou modulação por código de pulso.

Resumindo isso tudo o que você precisa saber é o seguinte:

AM e FM são tipos de modulação da onda de rádio;,
PPM e PCM são formas de codificar o sinal elétrico que vem reproduz o movimento do stick.

Podemos então ter um rádio FM que seja tanto PPM como PCM , ( mais comum ) ou ainda um rádio AM que também seja PPM ou PCM , ( menos comum ).
A pergunta é: Porque não temos rádios AM codificados em PCM ? Tecnicamente isso é viável, tanto que os primeiros rádios FUTABA codificados em PCM eram AM. Porque ? Simplesmente porque não existiam R/C FM ainda !
Hoje todos os rádios PCM são FM porque a transmissão em FM tem uma série de vantagens em relação a transmissão em AM, por isso não se fabricam mais rádios AM.

Vantagens e desvantagens dos sistemas de R/C


RÁDIOS AM


Os rádios AM que ainda são muito usados aqui no Brasil devido ao seu baixo preço e ao fato de muitos colegas ainda possuírem aquele primeiro rádio adquirido quando ingressou no aeromodelismo. Esses equipamentos quando bem conservados funcionam perfeitamente, dentro das suas limitações técnicas. As principais limitações de um rádio AM são:
- Baixa imunidade a interferências produzidas por ruídos elétricos, pois os ruídos, devido a sua característica elétrica, localizam-se nos picos da onda de rádio, justamente no local em que um rádio AM transporta os sinais elétricos de controle.

- Baixa capacidade de rejeitar sinais interferentes de outros canais dentro da faixa de operação. Isso ocorre porque os receptor utilizados nos rádios AM são de conversão simples. A conversão de freqüência, faz parte do processo que o receptor utiliza para receber os sinais enviados pelo transmissor. Enquanto num receptor de AM esse processo acontece uma só vez, nos receptores de FM ele ocorre duas vezes, tornando o receptor mais "seletivo". Esses receptores podem ser identificados pela tarja vermelha onde está escrito [ DUAL CONVERSION ].

Se você utilizar seu rádio AM em zonas onde não existem muitos colegas voando juntos e que não possuam muitas fontes geradoras de ruído como industrias, estações de radio difusão etc, certamente você voará sem problema algum no rádio.

RADIOS FM - PPM

Os rádios FM, que trabalham com a codificação dos sinais em PPM também são chamados de rádios analógicos , não apresentam as limitações do rádio AM e, portanto, só tem vantagens em relação a este. São mais imunes aos ruídos elétricos pois a modulação é feita pela variação da freqüência da onda de rádio e não da amplitude como no AM. O receptor de FM trabalha no sistema de dupla conversão e por isso não sofre a interferência de outros canais.


RADIOS FM - PCM


Os rádios FM, que codificam os sinais dos sticks em PCM são conhecidos também como rádios digitais. Fora essa particularidade, seu funcionamento é idêntico ao de uma rádio FM PPM. A grande vantagem desse tipo de rádio é que o seu receptor só identifica os sinais codificados pelo transmissor, sendo portanto imune a qualquer outro tipo de ruído ou interferência.
As variações do sinal elétrico produzida pelo stick são enviadas a um microprocessador que as codifica em uma seqüência binária ( 1 e 0 ), também chamada de "palavra digital" , que é enviada pelo transmissor até o receptor como nos processos analógicos.
Ao chegar no receptor, outro microprocessador "identifica " o código e aciona o servo correspondente. O número 1024 que vem impresso na caixa do rádio PCM, indica que o rádio pode codificar até 1024 posições diferentes do stick! Ou seja, para cada uma das 1024 posições que o stick for colocado, o rádio gerará uma "palavra digital" que será enviada ao receptor.
Toda esse sofisticação tem um custo, geralmente medido em dólares...

CONCLUSÃO

Agora você tem condições de avaliar qual o melhor sistema de R/C que deve comprar. Como e onde pode utilizar o rádio que você possui, e também ficou sabendo porque um rádio custa mais caro que outro.
Esse texto foi uma apresentação bem superficial, destinada a colegas que não possuem conhecimentos mais profundos em eletrônica e telecomunicações. Em artigos futuros, estarei abordando questões mais técnicas dos equipamentos de R/C, destinada aos mais "iniciados"
Convém salientar que entre os maiores fabricantes de R/C, existem diferenças entre o modo de operação dos equipamentos. Como exemplo posso citar os rádios FM da JR que não utilizam receptores de dupla conversão, preferindo o emprego de outros componentes diferentes. O resultado disso é um receptor bem menor que o da Futaba com o mesmo desempenho.



Interferências

Pessoal, vez por outra recebo um rádio para consertar, cujo dono alega que estava voando normalmente e de súbito perdeu o controle do modelo. Já sei que depois de submeter o rádio a todos os testes com o equipamento não vou encontrar defeito algum. Mas o colega não é maluco, se ele perdeu o controle do modelo, alguma coisa houve.
Descartando-se os casos em que a chave liga/desliga tinha mau contato, que os fios e/ou conectores da bateria estavam oxidados ou frouxos, qua a própria bateria já estava velhinha e esgotou a carga antes tempo e que não tenha havido erro de pilotagem, certamente a causa da queda foi devido a uma INTERFERÊNCIA.
Mas afinal o que é INTERFERÊNCIA? Deixando de lado a interferência que algumas pessoas fazem nos assuntos dos outros, vamos nos restringir a interferência que acontece nos sistemas de radiocomunicação onde um radio transmissor envia sinais através do ar que serão captados por outro rádio receptor distante.
O sistema mais conhecido de radiocomunicação por todos são as emissoras de radio comerciais de AM e FM. Nesse sistema, potentes transmissores com vários KW ( quilowatts ) transmitem seus sinais em todas as direções (omnidirecionais), abrangendo uma região que pode ser de algumas dezenas de quilômetros no caso das transmissões em FM, até centenas de quilômetros nas transmissões de AM.
Um receptor de rádio quando sintonizado exatamente na frequência ( CANAL )de uma dessas emissoras irá receber os seus sinais na forma de musica ou voz. Intuitivamente também sabemos que quanto maior for a POTÊNCIA da emissora, mais longe serão captados os seus sinais. Por outro lado quanto maior for a SENSIBILIDADE do receptor, melhor ele captará emissoras distantes.
O receptor porém deve apresentar uma outra caracteristica além da SENSIBILIDADE, caracteristica essa, não tão importante quando se trata de escutar musica ou notícias, mas primordial quando queremos receber sinais de telecomando como é o caso do nosso radiocontrole, é a SELETIVIDADE.
Enquanto a SENSIBILIDADE é responsável por fazer com que o receptor receba sinais fracos, a SELETIVIDADE faz com que ele receba sómente o sinal de uma determinada estação, na qual ele está SINTONIZADO, REJEITANDO todos os outros sinais que estão presentes na sua ANTENA.
Sem entrar em muitos detalhes técnicos, vamos apenas dizer que o circuitos responsáveis pela SELETIVIDADE num receptor são os FILTROS.
FILTROS são conjuntos de componentes eletrônicos projetados para deixarem passar só uma frequência rejeitando as outras. Imagine a ANTENA do receptor como uma peneira na qual você coloca certa quantidade de areia e imagine que o diâmetro da tela da peneira é o FILTRO do receptor. Assim como na peneira você vai ter grãos de areia de todos os tamanhos, também na ANTENA do receptor voce terá várias frequências
( CANAIS ) presentes. Como na peneira só vão passar grãos de determinado tamanho, também o receptor só irá receber o CANAL para o qual o FILTRO foi SINTONIZADO.
Até aqui tudo bem mas o que vai acontecer se ao invés de colocarmos um punhado de areia na peneira colocarmos uma pá bem cheia? Certamente parte da areia irá derramar pelas bordas da peneira causando INTERFERÊNCIA na nossa areia peneirada! Ou seja, o FILTRO do receptor é projetado para bloquear os sinais indesejáveis DENTRO DE UM DETERMINADO LIMITE! O que eu quero dizer com isso é que se próximo ao receptor existir um outro transmissor com potência bem maior que o nosso rádio, MESMO QUE ELE NÃO ESTEJA EXAMENTE NA NOSSA FREQUÊNCIA IRÁ CAUSAR INTERFERÊNCIA NO NOSSO RECEPTOR.
Além da potência, existe outro fenômeno que causa INTERFERÊNCIA em sistemas de rádio. São as chamadas frequências ( ondas ) harmônicas . Esse é um assunto que envolve um pouco de física e matemática, por isso basta que saibamos que quando uma onda elétrica é produzida no transmissor, junto com ela, chamada de FUNDAMENTAL ( onda cuja frequência corresponde exatamente ao CANAL que estamos utilizando), também são geradas várias outras ondas cujas frequências são múltiplos da frequência original. Essas ondas são chamadas de frequências IMAGENS da onda principal. A principal catacteristica dessas ondas é que a medida que aumenta o múltiplo diminui a potência das mesmas. Só para ilustar podemos imaginar que se temos um transmissor de 10 watts de potência na frequência FUNDAMENTAL, a primeira harmônica 2IM ( 2 vezes a frequência fundamental ) possui sómente 3 watts e a segunda harmônica 3IM ( 3 vezes a frequência fundamental) apenas 0,1 watt. Os valores são ficticios pois a relação entre a potência das harmônicas é dada por uma fórmula matemática.
Voltemos ao nosso R/C. A potência de um transmissor de R/C varia entre 0,4 - 0,7 watts ( 400 a 700 miliWatts). O filtro do nosso receptor é projetado para bloquear frequências indesejáveis QUE TENHAM POTÊNCIA DENTRO DESSA FAIXA. Só para exemplificar, se tivermos uma estação de rádio operando nas proximidades da nossa pista e em uma frequência que gere ondas harmônicas exatamente na frequência do CANAL que estamos operando, se que essas ondas tiverem potência suficientemente elevada para suplantar o FILTRO do nosso receptor - VAMOS SOFRER INTERFERÊNCIA!
Para finalizar vamos ver como se caracteriza na prática essa tipo de INTERFERÊNCIA.

Você nota que o avião voa bem exeto em uma determinada área da pista, geralmente na aproximação final, quando o modelo parece que perde o controle - as vezes perde mesmo e cai. Você logo desconfia do rádio porque o resto do pessoal que está voando sem problemas . Provavelmente essa interferência só acontece no seu canal.
Tente verficar com o pessoal que está voando se notaram alguma interferência na mesma região da pista, em caso positivo qual o canal eles estão utilizando.
Se a INTERFERÊNCIA é continua, ou seja ao voar em determinada área da pista o avião fica "maluco", pode ser indicação de que a a INTERFERÊNCIA esteja sendo gerada por uma estação comercial de AM ou FM nas proximidades.
Se a INTERFERÊNCIA é aleatória - acontece de vez em quando, podemos suspeitar de um transmissor de radioamador, faixa do cidadão ou de outro serviço privado de telecomunicações.
Troque o canal do rádio ( troque os cristais por outros de frequência diferente e faça um teste novamente ). Se o problema desaparecer fica claro que era um INTERFERÊNCIA específica no canal que você estava utilizando.
Transmissões do sistema de Rádio Chamada ( BIPS ) também podem interferir no R/C uma vez que as frequências utilizadas nesse serviço fica localizada exatamente dentro da faixa destinada aos R/C utilizando os canais ímpares. Por exemplo entre o canal 20 ( 72.190MHz ) e o canal 21 ( 72.210MHz ) está operando uma frequência de BIP de 72 200MHz !
Estações de rádio mal ajustadas, antenas transmissoras mal acopladas, "butinas" que multiplicam varias vezes a potência de uma estação de PX, geralmente mal construídas, são alguma fontes de INTERFERÊNCIA nos R/C. Lembremo-nos que existem milhares de sinais de todas as frequências e com varios niveis de potência presente no ar que nos rodeia sem que saibamos nem de onde são gerados. Resta para nós o elo mais fraco dessa corrente, matermos nossos equipamentos bem ajustadas e em boas condições operacionais, pois só assim não seremos surpreendidos com a famigerada INTERFERÊNCIA.



Antena



Na edição de Outubro/2001 da RC Modeler, o consultor técnico de R/C da revista, George Stainer, publicou um pequeno artigo sobre a influência do tamanho da antena do receptor no funcionamento do equipamento de R/C. Em seu relato, ele cita que muitos colegas que gostam de voar modelos muito pequenos tem problemas com o tamanho da antena do receptor, pois além de causar arrasto no modelo se ficar abanando na cauda, um movimento mais brusco pode fazer com que o fio seja apanhado pela hélice causando a queda do modelo. Os testes foram feitos de maneira empírica, ou seja, no campo porém com a utilização de aparelhagem específica para determinar as alterações na intensidade do sinal recebida pelos receptores. Foram utilizados equipamentos de R/C de todas as marcas porém sempre na faixa de 72 MHz.
Dobrando uma antena normal de 39" ( 1 metro aproximadamente ) de maneira que ela fique na forma de um "U" sendo que a parte maior fique com um comprimento de 20" (50 cm aprox.) e o resto do fio colocado paralelamente com um separação de 4" ( 10 cm), A recepção apresenta uma perda de 4% do sinal recebido.

Cortando um pedaço de 3" ( 7,5 cm ) dessa mesma antena porém utilizando a mesma esticada normalmente a recepção não é afetada! Portanto se a antena do seu receptor tiver um pequeno pedaço cortado, não se preocupe o rádio vai continuar funcionando normal.

Agora cortando novamente o fio da antena e deixando ele sómente com 21" ( 53 cm ) a perda de sinal é de 16%. Isso pode representar um problema quando se utiliza micro receptores, uma vez que tendo esses equipamentos a banda mais larga, alguns deles simplesmente deixam de funcionar se um pedaço da antena for cortado. Não esqueça que os dados obtidos nessa experiência dependem muito do ambiente em que esta instalada a antena

Finalmente se cortarmos um pedaço de uma antena normal de 39" reduzindo o comprimento do fio a 18"( 45 cm ) o receptor simplesmente deixa de funcionar.

Por outro lado se enrolarmos uma antena normal ( 39") em um cartão de visita deixando sómente 18" de fio para ser esticado na fuselagem do modelo, teremos uma perda de sinal da ordem de 17%.

Por fim foram feitos ensaios com antenas encurtadas através de uma bobina de carga na sua base. Essas antenas são rígidas e tem o comprimento de 10" ( 25 cm ) sendo muito utilizadas em helicópteros. A perda de sinal na recepção é de 17%. Mesmo assim funcionam satisfatóriamente pois como se sabe a área de vôo de um helicóptero é bem menor que a área de uma aeromodelo.

Convém notar que os teste acima foram feitos com a distância de 30 metros entre o transmissor e o receptor, ou seja, em condições normais que um aeromodelista deve testar o alcance do seu rádio. Salienta também o técnico, que os valores apresentados na redução do sinal recebido representam uma média de várias medidas com vários receptores e transmissores, o que significa que em condições especiais de instalação esses valores podem mudar tanto para melhor quanto para pior.

Resumindo.

Sempre que possível, utilize a antena normal que vem instalada no seu receptor, esticando-a totalmente no sentido HORIZONTAL ao longo da fuselagem do modelo, assim voce estará garantindo a melhor performance do seu R/C.









Atenção - Não use o rádio p/descarregar a bateria

Pessoal, tem chegado vários rádios ( transmissores ) na oficina com falta de potência e até mesmo "queimados" por terem sido utilizados para descarregar a bateria. É preciso que todos colegas aeromodelistas saibam que descarregar as baterias não só é necessário como fundamental para que as mesmas se mantenham sempre em boas condições de operação.
Porém deve-se utilizar um ciclador, ou um descarregador controlado para essa tarefa e nunca o próprio rádio, pois o circuito de potência do rádio ( parte eletrônica que envia os sinais para a antena do rádio ) não foi projetado para funcionar contínuamente por um período muito grande de tempo. Como a descarga da bateria, dependendo da carga que ainda lhe resta, pode levar 3 horas ou mais, o circuito esquentará demais e com o passar do tempo acabará danificando o transistor de potência do rádio. Esse componente normalmente já trabalha com a temperatura bem elevada em condições normais, e certamente apresentará defeito se o rádio for usado nessas condições.

A chance de queimar o rádio aumenta se voce o deixar ligado COM A ANTENA BAIXA! Portanto sempre que for deixar o rádio ligado por um período maior de tempo EXTENDA TODA A ANTENA!
Tenha em mente que a melhor forma de ciclar ou descarregar suas baterias com segurança é utilizando um equipamento adequado. Assim voce não corre o risco de danificar o seu rádio nem de "zerar" as baterias, o que pode ser fatal para o pack se na hora de recarregá-las alguma pilha sofrer uma inversão de polaridade.

Veja na seção produtos dessa página como funciona o DESCARREGADOR ELETRÔNICO CONTROLADO. É um equipamento bem mais barato que um ciclador normal e evita todos os problemas citados acima





Cabo trainer

Pessoal, com a divulgação na Internet do simulador de vôo FMS, muitos colegas vem tentando construir seu próprio cabo de interface entre o rádio e o computador.
Quero alertar a todos que a entrada de trainer dos rádios Futaba, Airtronics e Hitec, além do sinal digital ( pulsos ) de controle, ainda tem um pino referenciado a massa ( terra ) e outro com tensão positiva. Portanto qualquer curto circuito, mesmo que momentâneo entre essse pinos certamente vai danificar o transmissor.
Faço esse alerta porque tenho recebido um número relativamente grande de transmissores com o circuito interno "queimado" depois que pessoas não habilitadas técnicamente, tentaram fazer a conexão entre o rádio e o micro com um cabo trainer proposto pelo site do FMS. Que fique claro que os circuitos propostos no site funcionam perfeitamente, tanto o que utiliza a porta paralela como o que utiliza a porta serial do micro. O problema é na hora da montagem prática entre o cabo e o rádio
Tenho consertado rádios cujo estrago varia de um simples regulador de voltagem até curtos circuitos maiores que comprometem até a área de transmissão do rádio.
A minha sugestão é que o serviço seja feito por pessoas que tenham algum conhecimento de eletrônica e sobretudo alguma prática nesse tipo de montagem de circuito. Particularmente EU NÃO FAÇO ESSES CABOS.
Outra idéia é fazer os testes utilizando um rádio simples de 4 canais e só depois do circuito estar funcionando a contendo ligá-lo a um rádio mais caro.



A troca do módulo de RF nos rádios Futaba

Primeiramente quero lembrar para aqueles que ainda não sabem que " Módulo de RF " é aquela caixinha preta que fica embutida na parte trazeira de alguns transmissores da Futaba como o 5UAP - 7UAP - 8UAP e seus equivalentes "H". Agora também o 9CAP vem equipado com esse módulo.
Também para esclarecer aos colegas menos ligados na eletrônica, é dentro desse módulo de RF ( Radio Frequência ) que fica instalado o cristal do transmissor e o circuito de "potência" do rádio, ou seja o circuito responsável pela irradiação do sinal de controle através da antena.
Pois bem, os colegas mais "fuçadores" já descobriram que esse módulo É INTERCAMBIÁVEL ENTRE QUALQUER TRANSMISSOR DA FUTABA - e também da Hitec mas isso já é outra estória.
Como é no interior do módulo de RF que é feita a modulação dos sinais digitais, se você pegar um rádio antigo do tipo 5UAF - AM e trocar o módulo original por um módulo do 7UAF por exemplo, o seu velho rádio AM passa a transmitir em FM !
Da mesma forma se você colocar o módulo do rádio AM no 7UAF ele "virará" um AM ! É claro que essa troca não seria nada vantajosa afinal o 7 tem muito mais recursos que o 5, mas vale como exemplo.
Mas vamos ao assunto principal é possivel então usar o modulo 8UAP no 9CAP e vice-versa? Sim. O módulo de um funciona sem problemas no outro mas há um porém... O módulo do 9CAP possui um circuito extra para filtragem do sinal transmitido com a finalidade de impedir que sinais espúrios gerados no seu microprocessador interno causem interferência no sinal digital que deve ser transmitido. Esses ruídos poderiam gerar respostas erráticas do receptor prejudicando o funcionamento do mesmo. A inclusão desse circuito adicional provoca uma DIMINUIÇÃO NA POTÊNCIA TRANSMITIDA PELO RÁDIO. Pessoalmente acredito que o desempenho geral do sistema não seja afetado pela perda de potência afinal trata-se de um rádio "topo de linha" e a Futaba não iria deixar um "furo desses".
O módulo do 8UAP é igual aos demais modelos ( não tem esse circuito de filtro ) e portanto trabalham com potência MAIOR DO QUE O MÓDULO DO 9CAP.
Como é que ficaria o funcionamento dos rádios que tivessem os módulos trocados ?
O 9CAP com o módulo do 8UAP ficaria sem o filtro e poderia, veja bem, PODERIA ocasionar algum tipo de mal funcionamento no receptor.
Já o 8UAP com o módulo do 9CAP, simplesmente passaria a transmitir com potência menor, devido a presença do circuito interno de filtro porém sem maiores problemas.
Toda essa discussão foi originada numa lista de discussão entre aeromodelistas americanos. Inclusive a informação sobre o circuito de filtro do 9CAP foi obtida por deles em contato com o suporte técnico da FUTABA USA.
Sempre precavidos de serem alvos de alguma medida judicial caso algum radiocontrole alterado fosse provocasse algum acidente, a recomendação é que não seja feita a troca dos módulos, afinal enquando o preço do módulo fica em torno de US 100 - 200 , qual indenização judicial não seria menor do que US 5.000. Portanto LÁ, por medida de economia NÃO SE DEVE MEXER NOS EQUIPAMENTOS !
E por aqui ? Bem, por aqui vale tudo. A maioria dos aeromodelistas brasileiros sequer se deram conta da responsabilidade que paira sobre os seus ombros ao utilizarem um radiocontrole, por isso ainda estão longe de se preocupar com medidas judiciais indenizatórias por danos provocados pelos seus aeromodelos !



Usando o rádio no simulador

Quando você for utilizar o seu rádio (transmissor) como joystick nos simuladores de vôo de computador, não esqueça de retirar o cristal. Essa medida impedirá que o rádio fique emitindo sinal pela antena, evitando o aquecimento excessivo e desnecessário.
A retirada do cristal não impedirá que o circuito digital do rádio funcione normalmente, produzindo o sinal na saida do trainer para comandar o simulador.
A bateria, por sua vez, durará por várias horas, uma vez que o circuito digital do rádio consome bem menos energia que o circuito de transmissão.
A melhor solução entretanto, é você comprar um rádio extra para o uso exclusivo no simulador, retirando dele o cristal e a antena ( que podem ser aproveitados nos rádios que você voa normalmente ) e instalando nele uma bateria usada que esteja "encostada" na sua gaveta.





Cuidado com o receptor FUTABA R148 / 149 DP

Pessoal, o receptor em questão é um excelente equipamento, exceto por um pequeno detalhe mecânico na interligação das placas do seu circuito. Ocorre que a placa onde estão localizados os terminais para a conexão dos servos e da bateria, é fixada na placa principal do receptor por uma série de delicados pinos metálicos, os quais, devido a pressão aplicada na hora de encaixar os terminais dos servos tendem a se romper.
A partir dai, vários defeitos podem aparecer no receptor, tais como:
- Mau contato em determinado canal ( ou canais ).
- Funcionamento intermitente.
- Canal ou canais inoperantes
- Receptor totalmente inoperante ( quando rompem os pinos correspondentes aos terminais da bateria )

Não é necessário dizer o que acontece quando um dos defeitos acima acontece durante um vôo...
A solução que encontrei para esse problema, é a substituição desse pinos por outros com maior diâmetro que proporciona uma melhor rigidez mecânica ao conjunto. Para realizar esse trabalho é necessário desmontar totalmente o receptor separando as suas três placas internas. É um trabalho minucioso e delicado mas que apresenta um resultado definitivo, ou seja, não incomoda nunca mais.
Aconselho a todos que operam seus modelos com esse tipo de receptor para que dêem uma boa revisada nas conexões dos servos e ao menor sinal de mau contato ou funcionamento intermitente enviem o receptor para a manutenção. Certamente essa atitude evitará prejuizos maiores.

Placas de um receptor R149DP ( PCM ) recebido para conserto


Segundo relato do proprietário o avião estava voando normal, quando subitamente deixou de responder aos comandos, não operando inclusive o Fail Save. Tudo leva a crer que tenha se rompido a conexão dos pinos da bateria.





A pancada foi tão violenta que a placa que recebe os servos teve a borda quebrada e foi empurrada em direção a placa principal "arrancando" alguns componentes que estavam soldados na mesma.

Esse receptor foi totalmente recuperado após a instalação dos componentes arrancados, a troca de um filtro quebrado da placa principal, a substituição de TODOS os pinos de interligação da placas e a calibragem do circuito.









Interferências nas cabeceiras da pista



É comum o pessoal relatar que quando vem para o pouso a baixa altura sobre a pista, observar um tremor no avião, cuja intensidade
varia de uma leve tremida até um descontrole total que parece que o avião vai cair.
Esse fato é quase sempre observado em TODAS as pistas e independe do canal utilizado. Em algumas pistas porém, existe um local
bem determinado onde este fenômeno acontece. O pessoal diz: " - É sempre no lado X ! "; enquanto outros dizem: "- É sempre no lado Y ! ".
Quase sempre depois de acontecimentos como estes, o telefone do Mano toca:
- Mano, este final de semana aconteceu uma interferência no meu rádio, acho que ele deve estar desregulado ou com defeito...
Primeiramente vamos deixar claro que o rádio NÃO SE DESREGULA, sem que algum "expert" mexa nos circuitos sintonizados
internos, naquelas peçinhas metálicas que tem um parafuso no meio.
Então se o rádio não está com problema, porque o avião treme na cabeceira da pista?
Bem, sabemos que quando o avião vem para o pouso, geralmente o motor está na lenta ou bem próximo disso fazendo com que o
o modelo venha planando numa condição de quase "pré-stol", ou seja, a sustenção é mínima devido a baixa velocidade. Não precisa ser um
engenheiro aeronautico para saber que nestas condições qualquer ocorrência externa, seja um sopro de vento ou uma diminuição no sinal do rádio
vai desestabilizar o modelo. Estamos pois, numa condição crítica.
Isso posto, vejamos o que pode estar acontecendo com o sinal do rádio.
Sabemos que objetos metálicos refletem os sinais do rádio, mas também grandes massas de água, quer seja na forma de lagos ou açudes, ou mesmo lençóis freáticos no subsolo, também afetam as ondas de rádio.
Este é um dos motivos dos tremores do avião ao sobrevoar determinada área da pista. Vejam que as vezes isso não ocorre exatamente nas cabeceiras, mas em outro lugar do local de vôo. Mas é importante notar que o problema quase sempre ocorre a baixas altitudes.
Outro detalhe interessante é que as vezes apenas alguns canais são afetados enquanto outros se comportam normalmente. Nestes
casos, basta trocar o canal do rádio e o problema desaparece!
A explicação técnica do porque esse problema ocorre, tem a ver com a reflexão das ondas de rádio e não cabe aqui explicar, o importante é conhecer o problema e procurar as soluções.
Um outro detalhe que pouquissímos aeromodelistas sabem diz respeito a posição da antena do rádio ( transmissor ) em relação ao avião.
Através da figura abaixo, podemos observar como o sinal do rádio é emitido pela antena.



Podemos ver que a área de sinal mais forte na antena do rádio são as laterais, enquanto a área proxima a ponta da antena o sinal
é mais fraco. Isto quer dizer que se "apontarmos" a ponta da antena para o avião, estaremos emitindo o mínimo de sinal, ou a condição mais critica
para comandar o avião do ponto de vista do radiocontrole.
Bem mas o que é que isso tem a ver com as interferências que aparecem nas extremidades das pistas? Simples, além de estar
voando numa condição limite, aerodinâmicamente falando, é comum vermos o aeromodelistas de frente para o modelo justamente com a antena
do rádio apontando para o mesmo! É isso mesmo, se o rádio estiver na posição vertical ( antena bem para cima ), o sinal enviado para o receptor do avião será máximo, minimizando quaisquer outros problemas que possam ocorrer.
Recebendo um sinal forte o controle do modelo será mais efetivo em qualquer condição de vôo. É importante ter sempre isto em mente até quando se está voando muito alto. Jamais apontar a antena para o modelo.



Receptores e Cristais




Com o advento dos modelos elétricos, os fabricantes de RC estão lançando no mercado um número cada vez maior de micro e
mini receptores, e a FUTABA não foge a regra.
Esses pequenos receptores são todos do tipo SINGLE CONVERSION - Conversão Simples - e, portanto, devido ao menor
número de componentes, bem mais leves do que os receptores tradicionais. Tem as suas limitações como alcance menor, geralmente 300 a 500m,
mas funcionam bem considerando-se que serão utilizados em modelos do tipo PARK FLYER.
Além destas particularidades, existe outra bem importante: OS CRISTAIS UTILIZADOS NELES SÃO DIFERENTES DAQUE-
LES UTILIZADOS NOS RECEPTORES MAIORES ( DUAL CONVERSION ).
Os cristais destes receptores são SINGLE CONVERSION, ou seja, a freqüência interna do cristal é diferente da freqüência
interna de um cristal usado em receptores Dual Conversion, MESMO QUE O NUMERO DO CANAL ESCRITO NO CRISTAL SEJA O
MESMO!!!
Suponha que você tem um conjunto FM básico composto por um transmissor 4YF e um receptor R127DF, e que opere no canal 40.
Então você compra um micro receptor qualquer da Futaba, o R146iP, por exemplo, obviamente com o cristal do canal 40, para usar com o mesmo
transmissor. Se por qualquer motivo você colocar o cristal do receptor R127DF nele, simplesmente ele não funcionará. A mesma coisa vai acontecer
se você colocar o cristal 40 do receptor pequeno ( R146iP ) no grande. Não vai funcionar. Isso porque o receptor pequeno é SINGLE e o grande é
DUAL CONVERSION.
Veja bem, esse estória de Single/ Dual, bem como aquela outra de HI Band ou LOW Band DIZEM RESPEITO APENAS AOS
RECEPTORES. O transmissor não tem nada disso. Se o seu transmissor tiver um cristal 40, como no exemplo acima, ele vai funcionar com QUAL-
QUER RECEPTOR seja SINGLE ( mini ou micro ) ou DUAL CONVERSION. No caso do canal 40, apenas o receptor deve ser HI Band ( 35 - 60 ).
Para facilitar lembre-se que os cristais DUAL CONVERSION são utilizados nos receptores que tem as letras "DF" ( FM ) e
"DP" ( PCM ). Os demais receptores utilizam cristais SINGLE CONVERSION.
Observe também que enquanto os cristais DUAL tem a tarja VERMELHA os SINGLE tem a tarja PRETA.
Alguns exemplos:




Receptores DUAL CONVERSION









Cristais DUAL CONVERSION









Receptores SINGLE CONVERSION





Cristal SINGLE CONVERSION








































Os rádios de 2.4 GHz







6EX- 2.4GHz da Futaba DX7 Spektrum

Uma nova tecnologia em radiocontroles está sendo colocada a disposição dos modelistas no mundo todo: Os radios de 2.4GHz..
Primeiros os rádios eram AM, mais tarde FM, depois PCM que pode-se dizer "era" o top de linha em materia confiabilidade devido a codificação digital do sinal e da ausência de interferência provocada por ruídos.
Os rádios de 2.4 GHz utilizam um sistema de modulação diferente de todos conhecidos atualmente pelos aeromodelistas: o DSM ( Digital Spectrum
Modulation ). Este sistema baseado na tecnologia Spread Spectrum tem por base a utlização constante das freqüências alocadas na faixa dos 2.4GHZ.
A segurança dessa faixa e do sistema Spread Spectrum é salientada pelo fabricante do rádio dizendo que os orgãos mais importantes dos EUA como a NASA, a CIA o FBI e outros orgãos do governo americano utilizam essa faixa devido a grande confiabilidade que ela proporciona.
Deixando de lado a parte mais técnica do funcionamento do rádio, vejamos quais são as vantagens que ele apresenta em relação aos RC tradiciona-
is.
- Sistema de rádio totalmente sintetizado, receptor e transmissor não utizam cristais.
- Codificação dos sinais em 4096 bits ( o sistema tradicional mais moderno da Futaba o 14MZ e o receptor padrão G3 trabalham com
2048 bits ! )
- Tempo de resposta dos comandos de apenas 5,6 milisegundos ( nos radios FM esse temdo é de 12 a 18 milisegundos )
- Enlace de RF entre o transmissor e o receptor totalmente imune a interferências.
- Alcance de 900 metros.
- 80 canais disponíveis ( apesar do usuário nem ficar sabendo qual canal esta usando... )
- Antena super pequenas - 3,75 polegadas ( 8 cm )
- Possibilidade do receptor enviar dados para o transmissor ( telemetria )
- Módulos de RF separados para utilizar em radios da Futaba e JR ( precisa comprar o receptor DSM )
- Consumo de bateria aproximadamente 40% menor tanto no transmissor quanto no recepto.
- Possibilidade de usar 2 ou até 4 receptores a bordo para aumentar a confiabilidade.



Funcionamento



Quando o rádio ( transmissor) é ligado ele "varre" os 79 canais da faixa até encontrar um canal que não esteja sendo usado. Esse processo leva apenas 2 segundos! Caso não encontre nenhum canal livre, o rádio continua a rastrear a faixa até encontrar um canal vago.Uma vez encontrado um canal vago o rádio trava neste canal .
Cada módulo de rádio fabricado para operar nessa faixa recebe um código serial chamado GUID ( Globally Unique Identification Code ). Existem mais de 4 bilhões de combinações do GUID de modo que é virtualmente impossível o receptor encontrar outro rádio que tenha o código igual.
Na primeira instalação do receptor, é necessário um procedimento para "sintonizar" o receptor. Isso é feito uma única vez e basta aproximar o rádio do receptor ( 1 metro aprox. ) e pressionar um botão existente no receptor. Após mais ou menos 30 segundos ele estará "travado" no sinal do rádio e vai ignorar qualquer outro sinal que receber que não contenha esse código ( do rádio com quem ele está "casado" ).
É necessário fazer esse procedimento em cada receptor ( caso se tenha vários receptores acionados pelo mesmo rádio ).
Na próxima vez que o receptor for ligado ele vai procurar pelo rádio cujo código tem gravado na memoria, quando achar o sinall do rádio ele se trava
com o rádio e passa a funcionar normalmente comandando os servos da mesma maneira que um radio comum. Caso o transmissor seja desligado ou o receptor perca o sinal por qualquer outro motivo, ele automáticamente entra no modo Fail Safe, mantendo os servos imobilizados nas posições pré determinadas.
Caso o receptor seja ligado ANTES do rádio, ele simplesmente permanecerá "varrendo" cada um dos 79 canais a procura do sinal do rádio, enquanto isso manterá os servos imóveis ( Fail Safe ).
O receptor da Spektrum AR6000 além de ser duplicado ( dois receptores ) num só ( DSM2 ), consequentemente tem duas antenas que devem fformar um angulo de 90 º entre elas.
Esse sistema da Spektrum que utiliza dois receptores, utiliza dois canais de rádio diferentes dentro da faixa ( Dual Link ) a fim de garantir maior confiabilidade ao sistema. O receptor ainda é capaz de transmitir sinais para o rádio, possibilitando que se tenha uma telemetria do modelo como voltagem da bateria, temperatura do motor e outros parâmetros. A Spektrum estava prometendo essa facilidade na época que lançou o primeiro rádio ( o DX6 - 2005 ) para auto modelos. Não sei se realmente foi feito.



Segurança



Sabemos que a faixa dos 2.4GHz em todo mundo é compartilhada com outros serviços, como telefonia sem fio, redes sem fio de computadores
( wire less ) equipamentos médicos e etc. A pergunta que vem logo à cabeça é: Todos esses serviços não vão interferir uns nos outros? Certamente que não. A utilização da faixa de 2.4GHz é regulada por convenções internacionais e uma das premissas básicas é a sua livre utilização por qualquer serviço, MAS QUALQUER
equipamento destinado a operar nesta faixa deve ter a capacidade de antes de começar a operar, verificar se existe um ( ou mais ) canais vagos e só a partir dai começar a funcionar. Ou seja se alguém resolver levar um telefone sem fio que trabalhe em 2.4 GHz para o campo, assim que o equipamento for ligado ele varrerá toda a faixa a procura de um canal para se instalar, se houver aeromodelistas voando, os canais ocupados por eles não serão "vistos" pelo telefone sem fio. Se for encontrado um canal vago ele "trava" e começa a funcionar, se não fica procurando até achar um. Este sistema é chamado de Coliision Avoidance - Prevenção de Colisão.
Então como vemos o sistema é muito bem bolado.
Outro detalhe interessante é que a Spektrum está produzindo Módulos de RF para rádios da Futaba e da JR. Você troca o seu módulo de 72 ou 50MHz por um de 2.4GHZ e pronto o seu rádio preferido com todos os seu modelos na memória passa a transmitir em 2.4GHz. É claro que será necessário você também comprar o receptor...

Maiores informações veja em : Site da Spektrum ( Inglês )
Site da Diniz Esteves ( Portugês ) Comentário muito bom a respeito do sistema, a pessoa apenas se enganou quando
afirma que o DSM2 ( receptor AR6000 ) utiliza 2 canais iguais para se comunicar
com o rádio. Na verdade são 2 canais DIFERENTES dentro da faixa.





Rádios de 2.4 GHz com problemas



Alguns rádios 6EX FASST , 7C FASST e os módulos de RF TM ( 2.4GHz ) estão apresentando problemas com a "identidade".
Como se sabe para que os rádios não interfiram uns nos outros eles tem gravado na memória interna um numero único para cada rádio ou módulo. Esse número está atrelado de alguma forma ao numero de série de cada rádio e, como não pode, ou não deveria ter dois rádios com o mesmo número de série não tem como um rádio assumir a mesma codificação que outro. Isso é algo como se os rádios de 2.4GHz da Futaba tivessem disponíveis alguns milhões de canais para operar. Portanto se cada um tem o seu canal não existe possibilidade de interferência entre eles.
Pelas informações que tem aparecido nos forums de RC e nos sites das lojas que revendem os rádios da Futaba, alguns equipamentos de uma série determinada ( listada mais abaixo ), estão interferindo em outros rádios, o que significa que de alguma forma estes equipamentos, ao serem ligados, estão assumindo numeros de codificação já existentes em outros.
Como no site oficial da Futaba eles tratam o problema apenas como uma disfunção de algumas unidades,
( http://2.4gigahertz.com/techsupport/service-advisory-tm7-7c-6ex.html ) sem explicar o que e porque exatamente o problema está acontecendo, tem-se especulado que o defeito possa existir devido a uma falha na marcação do numero de série que colocou no mercado rádios com numeros iguais e portanto codificações também iguais.
Outra possibilidade ( pior ) é que estes rádios que tem problema estejam perdendo a memória de codificação e assumindo um numero de codificação
padrão. Ora se isso acontece em dois rádios que estão sendo usados no mesmo local um irá interferir no outro uma vez que ambos estão codificados com o mesmo numero ( numero padrão ).
Pessoalmente não acredito que seja isso, creio mais é na confusão do numero de série. A verdade é que como pode ser visto no site da Futaba, ela esta disponibilizando para os donos deste equipamentos, o acesso a centenas de lojas onde é possivel em poucos minutos verificar o funcionamento dos rádios.
Certamente a Aeromodelli aqui no Brasil também está, ou estará em breve, a disposição para que os modelistas brasileiros possam checar se os seus rádios estão ou não funcionando corretamente.
Para saber se o seu rádio é um dos "premiados" com o mal funcionamento, veja o número de série na parte inferior do transmissor. Se estiver usando o módulo TM-7 , o número de série está localizado na parte de dentro do módulo. Os equipamentos com problemas pertencem a série:

Rádio 6EX: A7xxxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante;
Rádio 7C 07xxxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante e
Módulo TM-7 07xxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante

Os rádios da série 6EX ALL A8xxxxxxx ou sistemas A7xxxxxxx com o número de série que inclua o "I" (Inspected) autocolante; da série 7C ALL 08xxxxxxx ou sistemas 07xxxxxxx que incluem o "I" (Inspected) autocolante e os Módulos TM-7 ALL 08xxxxxx ou módulos com o 07xxxxxx que incluem o "I" (Inspected) autocolante, não tem problema nenhum e podem ser usados normalmente.

A Futaba ainda faz algumas recomendações aos usuários dos rádios FASST independente do numero de série estar ou não na lista dos rádios onde foram constatados problemas, o que me leva a crer que além destes já identificados, podem haver outros.
As recomendações são:

1 - Antes de voar, fazer um teste de pré- vôo verificando o alcance do rádio e também se o equipamento não está sofrendo ou causando interferência em outros rádios de 2.4GHz que estiverem operando no mesmo local. Este teste é feito ativando TODOS os rádios FASST presentes no campo e verificando se não existe interação ( interferência ) entre eles. Caso isso ocorra é necessário enviar o rádio para a assistência técnica para a correção do problema.
2 - Cada vez que um rádio do sistema FASST é ligado ele gasta alguns segundos para que ocorra o "boot-up" ( inicialização ) do rádio. Se for necessário desligar o rádio em seguida, aguarde pelo menos 5 segundos após aparecer a voltagem da bateria no display.
3 - Se for notado que o transmissor e o receptor perderam a linkagem, ou seja, o receptor não está recebendo o código do transmissor, ambos equipamentos deverão ser enviados para a assistência técnica.

ATENÇÃO - Estes problemas ocorrem apenas entre os rádios da FUTABA. Os rádios da JR ou SPEKTRUM utilizam outro tipo de codificação e, portanto, podem funcionar sem nenhum problema mesmo em locais onde existam rádios da Futaba com o defeito relatado no texto acima.

cineas 1

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