motor tem um CANHÃO embutido em seu bloco
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motor tem um CANHÃO embutido em seu bloco
muito curioso e interessante:
Este motor tem um CANHÃO embutido em seu bloco
Esta relíquia da Primeira Guerra Mundial é um motor Hispano-Suiza de 11,8 litros com um canhão de 37 mm instalado diretamente no bloco de cilindros para disparar pelo cubo da hélice. Em outras palavras, deve ser o motor mais hardcore já feito.
Não foi preciso muito tempo para que as pessoas descobrissem um modo de usar aviões como veículos militares. No começo da Primeira Guerra, eles foram usados apenas para reconhecimento. Os primeiros combates entre aviões eram muito improvisados, com pilotos lançando tijolos e bombas em outros aviões e trocando tiros de pistolas.
O próximo salto – a instalação de armas maiores no próprio avião – tinha um sério problema: como os aviões da época tinham hélices propulsoras, não era possível atirar do cockpit sem correr o risco de atingir as próprias pás.
Em 1916 a fabricante catalã de motores aeronáuticos e carros de luxo Hispano-Suiza encontrou uma solução para o problema. Eles conseguiram instalar um canhão de 37 mm no meio do seu popular V8 de 220 cv. Como a arma disparava através do eixo oco do propulsor, era possível atirar na direção que o avião estivesse apontado, sem o risco de estourar sua própria hélice.
O canhão francês Puteaux usado nesse arranjo podia ser montado com canos de alma raiada para disparar projéteis explosivos ou cano de alma lisa, para disparar munição antipessoal. Isso praticamente criava um rifle gigante, que era bastante eficaz em tiros curtos.
O problema do conjunto é que o canhão Puteaux era somente semi-automático, e o piloto precisava fechar e travar a culatra com os dedos depois de cada disparo. Enquanto esteve em combate, o sistema nunca foi muito popular.
Mas o que realmente matou este motor Hispano-Suiza foi sua rápida obsolescência. Em 1917 os Aliados começaram a usar um dispositivo chamado mecanismo de sincronização. Ao conectar uma metralhadora independente ao virabrequim do motor, o sincronizador, bem… sincroniza o disparo da arma com o movimento da hélice.
As metralhadoras sincronizadas que disparam por entre as lâminas do propulsor substituíram completamente o canhão-motor da Hispano-Suiza. Embora a fábrica espanhola tenha trabalhado em um protótipo com metralhadora automática, o conceito de arma embutida no motor já estava obsoleto.
Apenas a Messerschmitt voltou ao conceito em 1935 e empregou canhões disparando pelo cubo da hélice no fabuloso Me-109, mas logo os aviões a jato transformariam o problema de não atingir sua própria hélice em coisa do passado. Hoje lembramos deste motor Hispano-Suiza como mais um dos estranhos experimentos da época em que o mundo estava aprendendo a usar veículos motorizados como máquinas de guerra.
O TEXTO NÃO É MEU.
FONTE: http://www.jalopnik.com.br/conteudo/este-motor-tem-um-canhao-embutido-em-seu-bloco
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Este motor tem um CANHÃO embutido em seu bloco
Esta relíquia da Primeira Guerra Mundial é um motor Hispano-Suiza de 11,8 litros com um canhão de 37 mm instalado diretamente no bloco de cilindros para disparar pelo cubo da hélice. Em outras palavras, deve ser o motor mais hardcore já feito.
Não foi preciso muito tempo para que as pessoas descobrissem um modo de usar aviões como veículos militares. No começo da Primeira Guerra, eles foram usados apenas para reconhecimento. Os primeiros combates entre aviões eram muito improvisados, com pilotos lançando tijolos e bombas em outros aviões e trocando tiros de pistolas.
O próximo salto – a instalação de armas maiores no próprio avião – tinha um sério problema: como os aviões da época tinham hélices propulsoras, não era possível atirar do cockpit sem correr o risco de atingir as próprias pás.
Em 1916 a fabricante catalã de motores aeronáuticos e carros de luxo Hispano-Suiza encontrou uma solução para o problema. Eles conseguiram instalar um canhão de 37 mm no meio do seu popular V8 de 220 cv. Como a arma disparava através do eixo oco do propulsor, era possível atirar na direção que o avião estivesse apontado, sem o risco de estourar sua própria hélice.
O canhão francês Puteaux usado nesse arranjo podia ser montado com canos de alma raiada para disparar projéteis explosivos ou cano de alma lisa, para disparar munição antipessoal. Isso praticamente criava um rifle gigante, que era bastante eficaz em tiros curtos.
O problema do conjunto é que o canhão Puteaux era somente semi-automático, e o piloto precisava fechar e travar a culatra com os dedos depois de cada disparo. Enquanto esteve em combate, o sistema nunca foi muito popular.
Mas o que realmente matou este motor Hispano-Suiza foi sua rápida obsolescência. Em 1917 os Aliados começaram a usar um dispositivo chamado mecanismo de sincronização. Ao conectar uma metralhadora independente ao virabrequim do motor, o sincronizador, bem… sincroniza o disparo da arma com o movimento da hélice.
As metralhadoras sincronizadas que disparam por entre as lâminas do propulsor substituíram completamente o canhão-motor da Hispano-Suiza. Embora a fábrica espanhola tenha trabalhado em um protótipo com metralhadora automática, o conceito de arma embutida no motor já estava obsoleto.
Apenas a Messerschmitt voltou ao conceito em 1935 e empregou canhões disparando pelo cubo da hélice no fabuloso Me-109, mas logo os aviões a jato transformariam o problema de não atingir sua própria hélice em coisa do passado. Hoje lembramos deste motor Hispano-Suiza como mais um dos estranhos experimentos da época em que o mundo estava aprendendo a usar veículos motorizados como máquinas de guerra.
O TEXTO NÃO É MEU.
FONTE: http://www.jalopnik.com.br/conteudo/este-motor-tem-um-canhao-embutido-em-seu-bloco
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