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HISTÓRICO DO ALVO AÉREO NO

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Mensagem por cineas Ter 17 Jan - 18:45:43

<P style="TEXT-ALIGN: center" class=MsoNormal align=center>HISTÓRICO DO ALVO AÉREO NO
3º GRUPO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA

HISTÓRICO DO ALVO AÉREO NO Foto_1

Desde a criação da Unidade de Artilharia Antiaérea, em 1950, havia a necessidade de alvos para o adestramento dos operadores de Canhões Antiaéreos. Inicialmente estes alvos eram fornecidos pela FAB, inclusive para tiro real antiaéreo executados no litoral do Rio Grande do Sul. Os aviões da época eram os B25 que rebocavam um alvo chamado “Biruta”.

Com o passar do tempo estas aeronaves foram saindo de serviço ficando assim as Unidades de Antiaérea sem alvo para seu adestramento.

Na década de 1970, mais precisamente em 1972, foi utilizado um alvo fornecido pela Marinha do Brasil. Era o KD2R5, fabricado pela NORTROP, e operado por pessoal especializado da própria Marinha. O Tiro era executado diretamente no avião teleguiado até o ano de 1974. Já no ano de 1975 a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea - EsSACosAAe – adquiriu o alvo da NORTROP e começou a fornecer ‘as Unidades de Artilharia Antiaérea do Brasil, porém para economia de alvos, a Escola adaptou um sistema de “Biruta” rebocado pelo Drone KD2R5. Este tipo de apoio em exercícios às Unidades durou até o ano de 1982, quando não foi mais possível o fornecimento deste sistema.

HISTÓRICO DO ALVO AÉREO NO Image001
DRONE
DA
NORTROP
KD2R5

No ano de 1983 o General de Divisão CLOVIS BORGES DE AZAMBUJA – Cmt da 3ª RM em Porto Alegre-RS, que havia comandado o 3º G A AAe nos anos de 1967 e 1968, interessou-se para ver se conseguia um tipo de aeromodelo radio-controlado que atendesse as necessidades do adestramento de sistemas da Artilharia Antiaérea.

Na época existia um Tenente que trabalhava na Seção de Planejamento da 3ª RM chamado CLEO LUIZ ARCARI, aeromodelista e construtor de aeromodelos. Com este Tenente, o Gen Azambuja apoiou um projeto para a construção de um aeromodelo suficientemente potente e que pudesse rebocar um alvo. Para cumprir esta missão, o Tenente Arcari convidou o Sr Airton Hoech, Engenheiro Eletrônico e funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, também aeromodelista e construtor. Os dois planejaram e construíram um aeromodelo em forma de Delta Asa voadora, com motor OS .90, com velocidade e força suficiente para rebocar uma biruta e ser visualizado a longas distâncias.

Os primeiros testes foram realizados já naquele ano de 1983, sendo que o tiro real antiaéreo foi executado com grande sucesso na praia de Capão da Canoa-RS, onde foi utilizado o DELTA rebocando birutas feitas em isopor e posteriormente em alumínio, para melhor reflexão dos radares. A única Unidade de Artilharia Antiaérea a realizar o tiro naquele ano foi portanto o 3º G A AAe de Caxias do Sul-RS. A partir de 1984 foi adotado como rebocador de alvos o aeromodelo DELTA para todo o Brasil.
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Para operar o novo equipamento foi necessário formar Pilotos de aeromodelos. Neste aspecto o 3º G A AAe foi o pioneiro na formação de pilotos dos Deltas, com os militares 2º Ten JAIME LORANDI, 2º Sgt HILDO PISSETTI e o 3º Sgt JAIR LAZZAROTTO.

Com a adoção oficial do novo equipamento, em 1985 foi criada a Indústria Gaúcha de Aeronaves Especiais – IGAE -, de propriedade do Ten Arcari e do Eng Airton. Foi adotado também um sistema de módulos que era composto de 03 rebocadores Delta, 02 treinadores Lancer, 01 Caixa de Campo, 15 quinze birutas de alumínio e as respectivas caixas de acondicionamento. Também se tornou necessário formar os pilotos das outras Unidades Antiaéreas do Brasil e, para isso, em 1986 foi realizado um Estágio nas dependências da IGAE em Porto Alegre-RS, onde 29 alunos de diversos Quartéis, dentre eles de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Caxias do Sul, Sete Lagoas, Uruguaiana, Santa Maria e Santana do Livramento participaram durante dois meses da formação. A partir desta data todas as Unidades Antiaéreas ficaram independentes no tocante a alvo aéreo, isto é, poderiam programar seus exercícios sem a dependência da EsACosAAe.

Com o passar dos anos tornou-se necessário formar mais pilotos, pois algumas Unidades ficaram sem pessoal para operar o material, devido a transferências, etc.. Como o 3º G A AAe foi o primeiro a adotar o sistema de alvo aéreo e seus pilotos possuíam mais prática, por terem sido formados há mais tempo, Caxias do Sul foi o local escolhido para ministrar as instruções e a formação dos novos pilotos.

Em 1989 foi ministrado o 1º Estágio de Pilotos de Aeromodelos. Os instrutores foram o ST Hildo de Caxias do Sul e o Sgt Moy de Livramento. O Estágio teve a duração de três meses e foram formados oito pilotos, dentre eles, o Sgt Mussoi. O Estágio funcionou somente no âmbito do RS, porém com o sucesso alcançado, o Cmt da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea resolveu realizar outro Estágio no âmbito daquela Grande Unidade. Para tanto em 1991 organizou um Estágio de pilotos em Brasília, mais precisamente no 11º G A AAe. Para ministrar o Estágio com oito alunos foram convidados os 2º Ten Hildo Pissetti e 2º Sgt Jaime José Tomazinni, ambos do alvo aéreo do 3º G A AAe. A partir do ano de 1984 os Estágios foram todos realizados no 3º G A AAe de Caxias do Sul, com a exceção do ano de 1988 que foi realizado em Brasília. No Estágio de 1994 foi formado o Sgt Vilson Fortuna, que após a formação, assumiu a Seção de Alvos Aéreos em substituição ao Cap Hildo Pissetti, que passou para a reserva em 1997. Com o Sgt Vilson foram formados pilotos das Unidades, numa média de oito por ano, até 2001, com a ampliação das instruções teóricas, baseadas na farta literatura das revistas de aeromodelismo MeN, quando então as instruções de pilotagem passaram a ser ministradas na EsACosAAe, Rio de Janeiro, como Curso.

Com a falta de fornecimento dos alvos tipo Delta a partir do ano de 1996, o Exército tinha a opção de adquirir um modelo até hoje vendido pela empresa Moydelismo de Livramento, RS, chamado Mogus, que atende as necessidades do adestramento das Unidades de Artilharia Antiaérea. No entanto, grande parte dos operadores de alvos aéreos solicitaram o desenvolvimento de novos projetos, com as características do Delta “asa voadora” porém mais rústico para suportar as condições de emprego durante os exercícios. Em 1998 o Gen Paulo Cesar , Cmt da 1ª Bda A AAe solicitou que a Seção de Alvos Aéreos do 3º G A AAe que viabilizasse um projeto para desenvolver tal aeromodelo. Após vários meses de pesquisa, o Cap Hildo, Sgt Vilson e Ten Mussoi chegaram a um modelo feito em fôrma, com fibra de vidro e resina de poliester, e injetado com poliuretano. Foram fabricados 28 modelos e distribuídos às Unidades do Brasil.

Esq p/ Dir – Mussoi, Hildo e Vilson com o delta em fibra de vidro e injeção de poliuretano. Ao lado o alvo “Biruta”.


1ª Remessa
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Atualmente são utilizados os modelos Delta de fibra e poliuretano, Deltas de isopor chapeado e o modelo Mogus, rebocando os alvos “birutas” onde efetivamente é realizado o tiro, para o adestramento da Antiaérea do Brasil.

Após o recebimento dos mísseis seguidores de calor – atração passiva - para complementar a defesa juntamente com os canhões antiaéreos, sentiu-se a necessidade de um novo alvo para este sistema. Novamente foi incumbido o 3º Grupo de Caxias do Sul para desenvolver este projeto.

O 1º Sgt Vilson Fortuna, após estudos a respeito do novo material desenvolveu um aeromodelo “Kamikase”, com as características básicas exigidas ao emprego do sistema de mísseis Igla. Todos os testes realizados foram dentro dos padrões de lançamento até a uma distância de 2000m. Trata-se de uma asa voadora com 2,12m de envergadura e 1,2m de comprimento, motor 2T 160 da OS, tracionando uma fonte de calor de 1000°C e 15.000 candelas de luminosidade.

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PROJETO
ECLIPSE
Atualmente a Fábrica de Alvos Aéreos do 3º G A AAe produz os alvos a todas as Unidades de Artilharia Antiaérea da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea.

Também estão em fase de desenvolvimento os seguintes projetos:

1 - Projeto Pampa: aeromodelo com 50% de escala (já desenvolvido e testado) para o emprego como alvo Antiaéreo para mísseis, ar-ar para a FAB e UAV com o emprego de piloto automático para busca e vigilância.
HISTÓRICO DO ALVO AÉREO NO Foto2

2 – Projeto Vigilância: aeromodelo com as características básicas para o emprego de vídeo-link com ou sem piloto automático.

3 – Projeto Alta Performance: aeromodelo com turbina para velocidades próximas a 400km/h para o adestramento avançado das Guarnições de Radares/Canhões e Mísseis.

4 – Pulso Jato: propulsor que já serve como fonte de calor para alvo de mísseis, com a finalidade de redução de custos.
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